23ª Feira do Livro traz debates sobre acessibilidade e a Ilha do Marajó

Enviado por Viviane em Qui, 29/08/2019 - 02:55

Com o objetivo de garantir às pessoas com deficiência visual e auditiva o acesso a obras da literatura amazônica, o projeto Lamparina Acesa – Literatura Acessível, do Núcleo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (Cuma), da Universidade do Estado do Pará (Uepa), participa da 23ª Feira do Livro com um stand. Na última quarta-feira, 28, o projeto participou de uma mesa de debates com o tema Acessibilidade Literária.

 

A mesa contou com os professores com deficiência auditiva Cleber Couto e Pamela Matos, a professora com deficiência visual Mônica Carvalho, a escritora Cleópatra Melo e o escritor Daniel Leite. A professora da Uepa e coordenadora do projeto Lamparina Acesa, Joana Martins, ficou responsável pela interpretação aos deficientes visuais.

O projeto Lamparina Acesa iniciou em 2015 e segue na proposta de sensibilizar profissionais da educação para a docência, referente a questões relacionadas ao domínio da deficiência visual. Com o passar dos anos, os alunos de Letras - Língua Brasileira de Sinais (Libras) da Uepa começaram a se voluntariar e o projeto foi crescendo. A finalidade é buscar, também, formar profissionais que atuem na tradução da palavra escrita para cenário educacional, principalmente de obras amazônicas. 

Para a professora Joana Martins, a importância do projeto na Feira “é trazer acessibilidade para quem tem deficiência auditiva e visual, proporcionando interação entre as pessoas interessadas, entre elas, alunos, professores e qualquer pessoa que esteja interessada nessa interação”. 

Marajó - Além do projeto Lamparina Acesa, outro debate relacionado ao Cuma ocorreu na Feira do Livro. A professora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa, Josebel Fares, abordou o tema “Vozes do imaginário Marajoara”, e falou sobre a sua pesquisa na Ilha do Marajó, o que os moradores contam da Ilha e sobre o escalpelamento na região paraense, um assunto pouco falado. “O marajó, assim como a Amazônia, é discutido em nível internacional e todo mundo está atento e muitas vezes nós que estamos aqui, não estudamos e não compreendemos o local, as coisas vão acontecendo e deixamos passar sem perceber, e trazer esse assunto para a Feira do Livro é de extrema importância”, comentou a professora. 

Texto: Viviane Nogueira
Foto: Lays Lago