Alunos de Biomedicina produzem mídias educacionais para a saúde

Enviado por Vitória Lira em Seg, 02/05/2022 - 13:57
 
Produção de Mídias Educacionais para a Saúde na Amazônia é o projeto que envolveu alunos do curso de Biomedicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com a produção de conteúdos educativos para as redes sociais. O projeto faz parte da disciplina de Parasitologia Clínica, atividade integrada em saúde, e tem como tutora a professora Lourdes Garcez, que também é pesquisadora e diretora do Instituto Evandro Chagas (IEC). "O trabalho visa utilizar as mídias como vídeos, conteúdos para leitura ou em aúdio, para informar a população ou os escolares sobre algumas doenças, as suas transmissões e a prevenção", explicou a tutora. 
 
Em 2021, o projeto foi registrado no Programa de Extensão Universitária (ProExt) da Uepa, e obteve certificado referente à 1ª Mostra Virtual de Experiências Bem-Sucedidas em Vigilância em Saúde, intitulada SUS Forte: Vigilância, Serviços e Gestão no Combate à Pandemia, realizada no 1º Congresso Virtual de Vigilância em Saúde (ConViVS). À época, os alunos produziram oito mídias voltadas a ações sobre Covid-19 e assuntos referentes a endemias da Amazônia prevalentes no arquipélago do Marajó. 
 
Neste ano, os estudantes identificaram problemas que afetam populações rurais e urbanas de bairros populosos em Belém. Com base nessas pesquisas, os alunos Mateus Almeida e Quézia Vitória desenvolveram mídias audiovisuais direcionadas ao ensino básico sobre a doença parasitária chamada de Esquistossomose. Já os estudantes Ricardo Oliveira, Eduarda Randel e Micael Douglas elaboraram conteúdos com o tema: O Uso de Mídias na Perspectiva da Atenção Primária em Saúde para a Conscientização da Disseminação do Caramujo Gigante Africano.
 
Professora Lourdes informou que o grupo achou "importante comunicar em forma de mídia o problema, para prevenção e também para motivar uma ação de controle do caramujo africano na Uepa. Essa é uma praga que se multiplica no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), por exemplo". Com o desdobramento do projeto, foi encaminhado para o coordenador do curso de Biomedicina, professor Sávio Reis, a proposta de ação em combate ao caramujo na Uepa, envolvendo alunos e oferecendo apoio do IEC, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa).
 
Os alunos da turma de 2020 também criaram os conteúdos sobre o uso de mídias educacionais no ensino da Bioinformática para alunos do nível superior. A proposta realizada por Juliana Hiromi e João Vitor, criou um conteúdo didático de forma simplificada, demonstrando a importância dessa área para inovação em saúde, para que os alunos obtivessem conhecimentos técnico-científicos sobre os temas. "Eles foram encaminhados para o laboratório de Seção de Parasitologia do IEC e desse modo, conheceram de perto tudo o que era possível se apresentar sobre os referidos temas e realizaram tarefas", detalhou professora Lourdes Garcez.
 
"Ao realizar atividades como essas, muitos alunos descobrem o que querem fazer na vida profissional. Vários acabam se tornando estudantes de iniciação científica e entram na pós-graduação stricto sensu com tranquilidade e depois se tornam cientistas. Outros usam os conhecimentos adquiridos, para atuarem em outras áreas, inclusive na vigilância em saúde, em análises clínicas, docência, entre outros. Agora vamos investir em na divulgação das mídias, para levá-las às escolas e à sociedade de forma mais efetiva", avaliou a tutora.
 
 
Texto: Vitória Reimão (Ascom Uepa)
Foto: Laís Teixeira (Ascom Uepa)