CCSE ganha novos espaços

Enviado por Fernanda Martins em Qui, 09/03/2017 - 14:55

O Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), da Universidade do Estado do Pará (Uepa), foi premiado na manhã de hoje com a entrega de diversos novos espaços, que prometem melhorar a inclusão e o ordenamento do campus, além de atender antigas demandas dos estudantes. A primeira parte da passarela de acessibilidade, o novo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), a ampliação do Herbário e o Laboratório de Informática do Mestrado foram entregues à comunidade acadêmica pelo reitor Juarez Quaresma e o diretor do Centro, Anderson Maia.

A cerimônia de inauguração dos espaços reuniu servidores e professores no auditório Paulo Freire. O reitor Juarez Quaresma parabenizou o diretor do Centro pela iniciativa de buscar financiamento para concretizar os projetos do CCSE. “A História é importante, pois reconhece lá na frente a importância do trabalho realizado. Principalmente as ações em prol da acessibilidade, campo em que a Uepa está se destacando”, congratulou o gestor.

A construção da passarela de acessibilidade já era um projeto de Maia antes mesmo de ele assumir a direção do Centro. “A passarela é fruto de um projeto meu ainda na Pró-reitoria de Extensão. Fui atrás de verbas e consegui apoio da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na figura do deputado Lélio Costa, que também é professor e muito sensível às causas da educação. Graças a Deus, concluímos a primeira etapa e já estamos buscando recursos para a expansão dela, que ligará os blocos 1, 2 e 3”, adiantou o diretor.

O deputado Lélio Costa, aliás, fez questão de estar presente no momento do desvelamento da placa inaugural. “É sempre bom ver aquele recurso se transformando em algo proveitoso para a comunidade. Sou professor e vejo na educação a base do crescimento de qualquer sociedade. Parabenizo o professor Anderson pela gestão”, disse Costa, que colocou seu mandato na Alepa à disposição da Uepa, para futuras emendas parlamentares.

O reordenamento – outra das bandeiras defendidas por Maia – também rendeu frutos. O Herbário, que é referência na Amazônia e possui parcerias com entidades do mundo inteiro, ganhou uma sala maior, para melhor desenvolver suas atividades. A sala que abrigava o gabinete do diretor do Centro foi convertida em quatro salas independentes, que atualmente abrigam a coordenação de Pedagogia, Ciências Sociais, a Assessoria de Planejamento (Asplan) e a Coordenação Administrativa (Coad).

Uma parceria com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fapesp) rendeu a aquisição de 28 computadores. 15 deles foram destinados à criação do Laboratório de Informática do Mestrado, já em uso pelos alunos. Entre os restantes, 5 unidades agora integram o Laboratório de Informática da Biblioteca e outros 8 foram remanejados para o campus de Vigia.

“Foram sete meses de gestão e já conseguimos mudanças significativas no campus. Temos diversos outros projetos concretos ainda em fase de implantação. Todos eles têm um só objetivo: proporcionar á comunidade acadêmica valorização, respeito e, claro, qualidade na formação”, avaliou. Durante a cerimônia, o diretor aproveitou para apresentar ao deputado os projetos de ampliação do Restaurante Universitário e de iluminação do entorno do CCSE, visando reforçar a segurança dos alunos. Maia aproveitou para convidar os alunos a participarem da reformulação do campus. “Nossa gestão está aberta a ouvir as sugestões deles sempre. A vivência dos alunos dá a eles um ponto de vista privilegiado e que queremos conhecer”, concluiu.

NAI

A cerimônia serviu também para apresentar as novas dependências do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (Nai). Coordenado pela professora Marly Melo, o espaço visa atender diretamente os 43 alunos com deficiência atualmente matriculados no campus. “Ganhamos uma sala no piso térreo do bloco 3, que é um bloco de salas de aula. Isso será de grande ajuda para nós, pois o Núcleo quer ser parte do cotidiano dos alunos. Estar ali, bem no caminho da sala, para que todos tenham acesso”, disse.

O NAI passa ainda a contar com dois intérpretes fixos na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), voltados para o atendimento da comunidade surda, interna ou externa. O Núcleo será responsável por toda a gestão de acessibilidade e inclusão do campus, por isso, desenvolverá projetos voltados para a melhoria das condições de atendimento de alunos com deficiências. “A Uepa tem a vocação da inclusão. O Governo do Estado possui um programa significativo de inclusão, que começou no ensino Básico e hoje se estende ao Superior. Todos os alunos precisam ter seus direitos respeitados. Acolhê-los e fornecer os recursos necessários para seu aprendizado são nosso dever”, pontuou Marly.

Já em abril, o NAI deve dar início ao seu programa de Educação Continuada, que oferecerá oficinas regulares de comunicação e interação com os alunos especiais para seus servidores, técnicos e professores. “Vamos capacitar todo o atendimento a este aluno, para que ele possa encontrar auxílio facilmente para suas demandas. Pensamos também em expandir essas oficinas para os demais alunos do campus, pois eles se mostram muito apaixonados pela convivência com os alunos com deficiência”, observou.

Um grupo de pesquisa também será iniciado, para acompanhar  e avaliar constantemente a atuação do NAI. A nova sala homenageia a professora aposentada da Uepa Blandina Alves Tôrres Queiroz de Sousa, uma pioneira na Educação Especial no Pará. A professora Blandina esteve presente na cerimônia e se mostrou muito emocionada com a homenagem. 

 

Texto: Fernanda Martins

Fotos: Nailana Thiely