Conselho Estadual de Educação reconhece cursos

Enviado por Anônimo (não verificado) em Qui, 15/05/2014 - 00:00
O Conselho Estadual de Educação do Pará (CEE) aprovou, na sessão plenária desta quinta-feira (15), três pareceres de avaliações feitas sobre cursos de graduação da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Na mesma sessão, o diretor de Controle Acadêmico da Universidade e membro do Conselho, professor Delmo Oliveira, tomou posse como presidente da Câmara de Educação Superior do CEE.
 
A aprovação concede reconhecimento aos cursos de Engenharia Florestal, em Belém, Marabá e Paragominas; de Tecnologia de Alimentos, em Belém, Cametá, Castanhal, Paragominas, Redenção e Marabá; e de Licenciatura Intercultural Indígena, em São Miguel do Guamá e em Marabá.
 
A presidente do CEE, Suely Menezes, reforçou o trabalho da Uepa para manter seus cursos reconhecidos. “A instituição tem que estar com seus atos autorizativos em dia. Sabemos que não é fácil cumprir todas as normas com excelência, mas esse esforço é fundamental. Há um grande esforço da Uepa e nós reconhecemos isso”, ressaltou a presidente.
 
Delmo Oliveira destacou o trabalho desenvolvido pela Universidade e a parceria com o Conselho. “A Uepa agradece a contribuição do Conselho Estadual de Educação do Pará. Agora, estamos com cem por cento dos cursos de graduação reconhecidos. Nós conseguimos isso e agradecemos”.
 
Indígenas
Em 2012, o curso de Licenciatura Intercultural Indígena foi criado para atender às especificidades das comunidades indígenas do Pará, a partir da demanda das próprias comunidades. O curso passou pela avaliação de uma comissão em março deste ano, que observou a infraestrutura, a qualificação e o perfil dos docentes, e os componentes curriculares.
 
A formação é ofertada pela Uepa nos município de São Miguel do Guamá, para a etnia Tembé; Marabá, para os Gavião e, na Aldeia Sororó, para os Suruí Aikewara; em Santarém, no território étnico-educacional Tapajós Arapiuns; e em Oriximiná para a etnia Wai-wai.
 
O aluno do curso, Piná Tembé, enfatizou a contribuição da formação para a luta pelos direitos. “Esse é um curso que foi discutido e criado com a gente e que responde às nossas demandas. Temos a expectativa que esse curso vai mudar as nossas vidas, nos ajudar a trocar as nossas armas de luta. Temos um curso que não se impôs na comunidade e nós estamos muito satisfeitos”.
 
Para a coordenadora do curso, professora Joelma Alencar, o reconhecimento revela o êxito do trabalho desenvolvido até aqui. “Isso valida que seguimos as diretrizes nacionais para a formação de professores indígenas, além da possibilidade de melhorarmos ainda mais, tendo em vista que a comissão avaliadora é muito qualificada, o que nos deixa seguros quanto aos pontos avaliados. Esse trabalho se iniciou ainda em 2007, quando a Uepa passou a participar dos fóruns sobre direitos indígenas e, hoje, nós estamos no caminho certo”, afirmou a coordenadora.