Cuma reaviva obra de Eneida e debate projetos em seu 14ª Seminário Anual

Enviado por Wesley Lima em Seg, 16/12/2019 - 23:02

 

O Culturas e Memórias Amazônicas (Cuma), grupo de estudos e pesquisas da Universidade do Estado do Pará  (Uepa), realizou durante os dias 12 e 13 de dezembro o seu XIV Seminário Anual Cuma. Nos dois dias, as atividades ocorrerão no bloco IV, na Sala de Recitais do Centro de Ciências Sociais e Educação. O tema da 14ª edição do evento objetivou trabalhar o tema “Preciso unir minha voz a outras vozes, olhar de frente”.

A temática deste ano está relacionada com a obra da jornalista, escritora, militante política e pesquisadora Eneida ou Eneida de Villas Boas Costa de Moraes; sobre quem o pesquisadores do grupo, em parceria com Universidade da Amazônia (UNAMA) e com recursos disponibilizados via Fórum Landi  (UFPA), estão realizando a edição dos escritos da autora. 

“Vamos publicar duas obras:  Terra Verde texto em verso, primeiro livro da Eneida, que inclusive ela renega, mas ali está todo o início da obra dela   e, o segundo é onde tem o texto Estão matando um homem (da obra Cão da Madrugada) do qual tiramos a frase. Estávamos procurando alguma coisa que dissesse alguma coisa do movimento atual do Brasil, dessa situação de degradação que o país passa”, explicou a professora Josebel Fares, coordenadora do grupo de pesquisa.

O final do evento contou com duas últimas mesas: Andarei, Andei, na qual foram debatidos projetos que são frutos e/ou estão relacionados com o Cuma; e Para início de conversa... que deu espaço para quem está entrando no ramo da pesquisa acadêmica, graduandos e mestrandos. No encerramento, houve também a participação do Griot (Grupo de Contadores de Histórias). 

Para a professora Joana Martins, do projeto Lamparina Acesa e participante da mesa Andarei, Andei, estar em contato com o grupo de pesquisa é essencial para promover acessibilidade dentro do campo das letras por meio de curso práticos. “É uma peça muito importante para Lamparina Acesa: literatura acessível, porque o Cuma nos oferece o espaço e a Uepa divulgação. E, com isso, podemos, de forma gratuita, ofertar oficinas voltadas para área da deficiência visual à comunidade”

Venize Rodrigues, coordenadora do curso de Licenciatura Plena em História da Uepa e igualmente integrante da penúltima mesa, vê positivamente a organização de espaços de debates, como os ofertados durante o XIV Seminário anual do Cuma, para a divulgação de experiências e abordagens. Além de acreditar que lugares como este ajudam na (re) análise e busca de novas visões. “É sempre uma experiência muito interessante, porque faz com que você reviva e reflita sobre a sua prática. Quando você socializa, você repensa e consegue indagar sobre a sua própria produção”

O grupo, que tem como função promover estudos, debates e pesquisas acerca de temas relacionados às memórias amazônicas, englobou as obras de autores da região; literatura e suas interfaces visuais; metodologias não-convencionais de pesquisa; ancestralidade e debateu sobre as produções de outros grupos acadêmicos. No último dia, na sexta-feira, o Cuma completou 16 anos de existência; um dos motivos da execução do seminário. Nos anos de 2017 e 2018 não foi possível realizar o seminário anual do Cuma. 

 

Texto: Wesley Lima Ascom/ CCSE.

Fotos: Cuma e Wesley Lima Ascom/CCSE.