A Universidade do Estado do Pará (Uepa) recepcionou hoje os alunos do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor),que iniciam agora o primeiro módulo de 2017. O III Encontro de Formadores do Parfor/Uepa: contexto e desafios da prática docente reuniu alunos e professores no auditório Paulo Freire, do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) com o objetivo de debater as peculiaridades do ensino na Amazônia.
O auditório foi tomado por alunos do Parfor/Uepa de diversos municípios que integram a Região Metropolitana de Belém. O grupo recebeu as boas vindas da gestão da Uepa e do Parfor. “Os que estão aqui hoje, se qualificando, prestarão um melhor serviço à população. Mas ser professor é isso, um processo constante de aprimoração, de busca de conhecimento, para formar alunos cada vez mais engajados nas questões da sociedade”, disse o reitor Juarez Quaresma.
O vice reitor, Rubens Cardoso, relembrou sua experiência com o programa e ressaltou pontos importantes para o debate, que se estendeu durante todo o dia de hoje. “Não há um projeto nacional de educação ainda construído, mas o projeto estadual é forte. Temos o plano Pará 2030, que traz aspectos importantes para a educação. A Lei de Inovação é recente e também pode ter aplicação nos métodos de ensino, além do programa Pará Profissional e também do Pacto pela Educação”, ressaltou.
O Parfor/Uepa hoje trabalha na formação de 1.500 alunos, divididos em 53 turmas e 11 cursos de Licenciatura. Apesar de o programa ter sido iniciado com final previsto 2014, a demanda de formação de professores do Norte e Nordeste garantiu sua continuação. “O projeto no início parecia um sonho, mas a utopia se transformou em realidade. Ainda não temos confirmação, mas há a expectativa de novas turmas para 2017, pois apesar de reduzida, a demanda ainda não acabou”, observou a pró-reitora de Graduação, Ana Conceição de Oliveira.
Para a coordenadora do programa na Uepa, Kátia Melo, os resultados do Parfor junto ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) justificam sua permanência. “Norte e Nordeste têm uma demanda maior do que o Sul e Sudeste. O nosso Parfor é o maior e com melhores resultados do Brasil. Nós vamos até o aluno, seja ribeirinho, quilombola ou indígena, derrubando aquele encastelamento tradicional da academia, com o objetivo maior que é construir uma Amazônia como o mosaico de culturas que realmente é”, avaliou.
Texto: Fernanda Martins
Foto: Nailana Thiely