A Língua Brasileira de Sinais (Libras) passou a ser reconhecida oficialmente como a linguagem dos surdos a partir da Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Após esse momento, as discussões em torno das necessidades e particularidades da comunidade surda passaram a ser mais frequentes. No dia 26 de agosto, de 8h as 18h, a Universidade do Estado do Pará convida alunos, professores, servidores e a comunidade para debater sobre as leis e políticas linguísticas da Língua de Sinais, a importância da Escrita de Sinais como registro das Libras, entre outros assuntos relacionados aos surdos.
O evento será no auditório Paulo Freire, do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), localizado na travessa Djalma Dutra, bairro do Telégrafo. As inscrições são gratuitas. Entretanto, é necessário enviar os dados pessoais para o e-mail uepaleidelibras@gmail.com. Antes da abertura serão realizados os credenciamentos. Os inscritos receberão certificados por e-mail, com carga horária de 10 horas para quem participar da programação completa. Para aqueles que estiverem presentes apenas meio período, a certificação será de 5 horas.
De acordo com uma das organizadoras, a acadêmica do terceiro ano do curso de Licenciatura em Letras Libras, Elizama Kate da Silva Pereira, 20 anos, os surdos precisam ter espaço nas salas de aula e no mercado de trabalho. Para ela, a educação é o caminho paraessas oportunidades. “ Sabemos que os desafios são muitos, pois desde muito cedo as crianças surdas sofrem com a não aceitação nas escolas, com a falta de acessibilidade, principalmente na comunicação, e também pela falta do professor surdo pra melhorar essa interação. Precisamos de professores mais qualificados para o ensino nas escolas”, ressalta ela.
A Uepa tem investido na formação de professores surdos . O vestibular 2016 ofertou vagas específicas para a comunidade surda, no curso de Licenciatura em Letras – Língua Brasileira de Sinais (Libras). Até então, a Licenciatura recebia apenas alunos ouvintes.
Texto: Renata Paes
Foto: Miguel Alves