Público se reuniu no CCSE para ler matérias publicadas sobre a vida do revolucionário, assistir vídeos e debater assuntos relacionados ao tema
O espaço de convivência do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) foi o local escolhido para a exposição Um Revolucionário Latino-Americano, que ocorreu na última quinta-feira (8). Fizeram parte da mesa de discussão os cônsules de Cuba e Venezuela.
O evento contou com apresentação de vídeos, fotos e textos guardados por mais de 30 anos pelo sociólogo e membro da Sociedade Nacional de Cubanos Residentes no Brasil (ANCRB), Lázaro Damas, e foi criado em alusão aos mais de 40 anos da morte de Ernesto Che Guevara
“Nesse ano se completa 48 anos do assassinato de Che Guevara, na Bolívia, e o principal objetivo da exposição é fazer uma pequena homenagem a ele. Mostrar que o ‘Che’ não é só um aventureiro”, diz o idealizador da exposição, Lazaro Damas.
Acadêmicos de diversos cursos participaram do evento, entre eles, a aluna de Licenciatura em Matemática da Uepa, Raquel Brício, que discursou para o público. Segundo ela, é de extrema importância debater esses assuntos na Universidade para oportunizar a integração com diversos povos. “A Universidade precisa ter o compromisso com a história dos povos. O Che é um exemplo de luta em favor do povo a nível mundial e com isso é a segunda figura mais conhecida do mundo, então, tem um simbolismo muito grande pra todo mundo”, diz ela.
O sociólogo e professor da Uepa, Mário Brasil, diz que o papel da Universidade é formar cidadãos éticos; compromissados; com respeito à tolerância e aos debates de ideias. “Em um evento político como esse na academia, se traça um paradigma político e teórico para o conhecimento. Com isso, precisamos pensar no conhecimento, no engajamento da juventude frente a esses eventos não de forma estática e petrificada no tempo, mas de forma dinâmica para que todas as gerações conheçam e participem”, diz ele.
- História de Ernesto Guevara de La Serna
Che Guevara nasceu no dia 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito entre os cinco filhos de Ernesto Lynch e Célia de la Serna y Llosa, teve a formação ministrada principalmente pela mãe, figura forte no próprio desenvolvimento político. Ele participou junto a Fidel na luta na Serra Maestra, leste da ilha. Ele ocupou vários cargos de governo e foi morto em 9 de outubro de 1967, na Bolívia, um dia depois de ser capturado pelo exército local.
Texto e foto: Alberto Dergan