Cerca de 60 profissionais e alunos de diversos cursos da Universidade do Estado do Pará (Uepa) participaram do Fórum Saúde da Mulher, Políticas Assistenciais e Cidadania: Os desafios da atualidade, promovido pelo Centro de Saúde Escola (CSE), ao longo desta quinta-feira (20), no auditório do Ambulatório de Dermatologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS).
A programação incluiu debates sobre as doenças ligadas ao corpo feminino e o modo como elas devem ser atendidas pelas unidades de saúde. Outros assuntos foram discutidos no Fórum, entre eles, a prevenção do câncer do colo de útero e de mama, a importância da aplicação da vacina contra o vírus papiloma humano (VPH ou HPV, em inglês), a prevenção da gravidez na adolescência e a perimenopausa, fase que marca o fim da vida reprodutiva da mulher e antecede a menopausa.
“O profissional deve saber atender cada caso e cada mulher da melhor forma, pois a mulher tem a sua individualidade, o reflexo da sua condição cultural e socioeconômica, e deve ser respeitada”, analisou a palestrante e técnica do CSE, Sandra Helena Morais Leite.
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), promovido pelo Ministério da Saúde, também foi discutido entre as participantes. O Programa, criado em 1984, prevê a redução dos índices de mortalidade materna e infantil e é desenvolvido por meio de várias ações e projetos voltados para todas as fases da vida da mulher.
Sandra Leite explicou, ainda, que o Ministério da Saúde incluiu no PAISM orientações específicas para a assistência às mulheres na perimenopausa, fase que marca o fim da vida reprodutiva e antecede a menopausa e é marcada por sintomas como irregularidade do período menstrual, calor, suores noturnos, diminuição da libido, problemas urinários, irritabilidade, hipertensão, dores de cabeça e vertigens. “Neste momento, queremos motivar os profissionais, tanto da enfermagem, médicos, assistentes sociais e psicólogos do centro. Queremos saber que abordagem, podemos fazer pra melhorar cada vez mais esse atendimento especial para a vida dessas mulheres”, ressaltou.
A estagiária do curso de enfermagem, Marlize Souza, 20 anos, participou do Fórum e avaliou que os assuntos foram tratados de maneira prática e interessante. “Aqui os profissionais estão passando outras dicas, que não vimos ainda na sala de aula. Além de assuntos novos, principalmente, no que diz respeito a abordagem nos pacientes e também, em como dar mais conforto, pois muitas vezes ele não está preparado para algum tipo de abordagem ou procedimento e temos que saber como agir”, declarou.