Instituto Confúcio na Uepa será lançado no dia 25

Enviado por Ize Sena em Sex, 21/10/2016 - 18:47
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) lança no próximo dia 25 o Instituto Confúcio. Fruto de uma parceria com a Universidade de Shandong, na China, o Instituto ofertará cursos de Mandarim e bolsas para alunos da Instituição, além de estreitar laços com o país que alavanca o crescimento econômico mundial atualmente. A cerimônia de lançamento terá dois momentos: o primeiro, no prédio onde funcionará o Instituto, às 15h30, e o segundo na Estação das Docas, às 18h.
 
A sede do Instituto Confúcio será no prédio da Editora da Uepa (Eduepa) e as aulas das primeiras turmas iniciaram em junho. O objetivo é difundir a língua e cultura chinesa ao redor do mundo, à medida que a importância econômica e estratégica da China aumenta. A Uepa será a primeira Instituição de Ensino Superior do Norte do Brasil a ser uma das sedes do Instituto.
 
Uma comitiva de alunos e professores da SDNU virá à Belém para participar dos festejos de lançamento. Entre eles, dois representantes da Embaixada da China no Brasil; dois jornalistas da mídia chinesa; o reitor da Universidade de Shandong, Tang Bo; e diretores, pró-reitores, e um grupo de 22 alunos e professores do Departamento de Artes da Instituição, que farão apresentações de danças típicas durante a cerimônia. Todos eles participarão dos dois momentos inaugurais do Instituto e incluirão na agenda uma visita à reitoria da Uepa, às 9h.
 
E o grupo promete uma rica demonstração da cultura chinesa aos convidados da cerimônia na Estação das Docas. Ao todo, serão nove apresentações incluindo dança, música e artes marciais. Solos de instrumentos típicos da província de Shandong, como o Er Hu e o Sheng, e até mesmo uma dança intitulada “A Imagem da América”, onde os chineses mostrarão sua visão da América do Sul, imprimindo um ritmo alegre e carnavalesco para o espetáculo.
 
“Essa troca de conhecimentos é muito importante para nós e para eles também. Os chineses vêm trabalhando fortemente essa difusão da sua cultura e cada parceria é muito celebrada por eles. Além disso, a China é um mercado forte e em expansão e essa interação será muito benéfica para os alunos da Uepa”, afirma o diretor do Instituto, Antônio Carlos Silva. 
 
Inicialmente, serão oferecidas 15 bolsas para estudantes da Uepa, de graduação, mestrado e doutorado. Para a professora do Instituto, Xu Mengze, as bolsas servirão para construir pontes entre as instituições. “Além do ensino da língua e da difusão da cultura, o objetivo é estabelecer parcerias entre universidades. No próximo ano, vamos mandar estudantes nossos para estudar cá e os estudantes brasileiros poderão frequentar cursos na nossa universidade, na China. Vamos oferecer bolsas, que incluam residências, alojamento, etc.”, informa.
 
Já o vice-diretor do Instituto Confúcio, Pang Hui, acredita que as parcerias com o Brasil são importantes pela proximidade de interesses entre os dois países. “China e Brasil são dois países muitos grandes e com potência econômica muito forte. Através dessa relação acadêmica e institucional, vamos estabelecer cooperações econômicas, nas ciências e em outras áreas. No Norte do Brasil, nós somos o único Instituto Confúcio Nós ligamos dois países, duas universidades, duas cidades”.
 
O reitor da Uepa, Juarez Quaresma, afirma haver potencial nessa parceria, sobretudo, para o desenvolvimento da região. “Esse acordo de cooperação é de interesse do Estado do Pará. Cada vez mais os negócios com a China têm-se expandido no Brasil e o Pará tem vários interesses comuns com a China. Esse Instituto nos interessa para o desenvolvimento do nosso estado, por meio do ensino da língua e da cultura chinesa, com o objetivo de estreitar os laços entre os dois países”, declara Quaresma.
 
A parceria envolvendo a Uepa já vinha sendo discutida entre o Governo do Pará e representantes do Instituto Confúcio há cerca de três anos. O acordo foi efetivado em 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram um acordo para a instalação de sedes do Instituto no Brasil.
 
Texto: Fernanda Martins