Natácia e Nívea, histórias de vida tecidas junto com a Uepa

Enviado por Guaciara Freitas em Sex, 13/05/2022 - 11:24

 

No listão dos aprovados no primeiro vestibular da então Faculdade de Educação do Pará (FEP), realizado em 1989 no município de Conceição do Araguaia, constava o nome de Nívea Maria Coelho Barbosa, que já trabalhava como professora de séries iniciais na Fundação Bradesco. E no mesmo ano da formatura, em 1993, no dia 18 de maio, a FEP, juntamente com as faculdades de Enfermagem, Medicina e Educação Física dava lugar à Universidade do Estado do Pará (Uepa).

 

Àquela época, a professora Nívea já sonhava um dia ministrar aulas na Uepa. Conseguiu! Não sem antes alcançar postos de gestão e de docência em outras instituições, até que em 2006 foi convidada para trabalhar como assessora pedagógica e professora da universidade. Aprovada em concurso em 2013, assumiu em 2015, sem imaginar que viria a ser coordenadora do campus VII, o primeiro da Uepa fora da capital paraense. 

 

Filha de pai piauiense e mãe pernambucana, Nívea é paraense nascida em Conceição do Araguaia, onde foi criada e formou a própria família. “Na minha vida a universidade é um divisor de águas. Se não fosse a Uepa não teria tido a oportunidade de estudar, porque casei muito jovem e seria muito difícil sair para estudar”, relembra. 

 

Recém-eleita para uma segunda gestão como coordenadora do campus VII, Nívea Almeida reflete sobre a importância da Uepa para o sudeste paraense: “eu sempre senti desejo de contribuir com o progresso da universidade na região. Para mim, é uma honra muito grande ter sido aluna da Uepa e hoje ser coordenadora do campus e saber que essa universidade aqui mudou a vida de muitas pessoas”.

 

Enquanto isso em Castanhal …  

  

Em 2005 a jovem Natácia Silva se preparava para escolher a profissão a seguir, e decidiu prestar o processo seletivo para o curso de Tecnologia de Alimentos, no campus VI da Uepa. Aprovada, mudou de cidade, e aos 17 anos foi morar em uma república estudantil em Paragominas, onde viveram Vanderson Dantas e Bruna Almeida, também estudantes de Tecnologia de Alimentos da Uepa no município. O trio prestou o mesmo concurso para professor da universidade e os três foram aprovados. Bruna foi para Marabá, Natácia para Cametá e Vanderson para Redenção.

 

Natácia, além de professora, está há três anos como coordenadora da Uepa, campus XVIII. Inicialmente como substituta e depois como eleita. Graças ao apoio da equipe técnica do campus, ela também consegue assumir a coordenação do Núcleo de Empreendedorismo da universidade e organiza um calendário de atividades que se divide entre Cametá e Belém.

 

Sonhos e metas são palavras frequentes nas falas e na vida da professora, que identifica o empreendedorismo como carro-chefe de suas iniciativas, até mesmo nas pesquisas que orienta nos trabalhos de conclusão de curso. Aos 36 anos, Natácia percebe que o modo como conduz a carreira e a vida, serve como inspiração para as alunas e outras jovens da região do Baixo Tocantins, que a conhecem nas diversas ações que promove, dentro e fora do campus da Uepa em Cametá. “Eu noto que, às vezes as pessoas não têm sonhos. E as meninas vêem que eu trabalho, estudo e ainda me divirto. Aos olhos das meninas, sou uma pessoa bem-sucedida e isso acaba sendo um exemplo para elas”, comenta.

 

Natácia e Nívea, ex-alunas da Uepa e atuais coordenadoras de campus, possuem um vínculo com a instituição, tecido ao longo das próprias histórias de vida. E isso se reflete no modo como definem o compromisso com a Uepa.  “Nós temos a responsabilidade de manter essa história viva, porque é uma história muito bonita e não pode enfraquecer, nem ser esquecida. Estamos aqui para manter essa chama acesa, através do nosso trabalho”, conclui Nívea.

 

Texto: Guaciara Freitas (Ascom Uepa)

Fotos: Laís Teixeira (Ascom Uepa) e acervos pessoais