Parceria visa oferta de cursos em Ananindeua e no Marajó

Enviado por Anônimo (não verificado) em Ter, 27/05/2014 - 00:00
A Universidade do Estado (Uepa) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) planejam ações conjuntas para a oferta de cursos de graduação no município de Ananindeua e no arquipélago do Marajó. A articulação teve início durante reunião, na última semana, entre os reitores das duas instituições, Juarez Quaresma e Carlos Maneschy, realizada no Gabinete da Reitoria da Uepa.
 
Para a Região Metropolitana de Belém, a proposta das Universidades é a graduação em Saúde Coletiva, que deve ser ofertada no vestibular do próximo ano.  Serão 50 vagas divididas, igualmente, entre a Uepa e UFPA. As aulas serão no polo de ensino superior e técnico público que abrigará entidades federais e estaduais de educação, no município de Ananindeua.
 
Para firmar o Termo de Cooperação, uma comissão formada por professores da Uepa vai discutir com profissionais da Federal, os detalhes sobre a implantação do curso, entre eles, a demanda de candidatos, a grade curricular e a metodologia de ensino.
 
“A busca de articulações com outras instituições de ensino superior públicas do estado facilita a implantação de projetos de cursos superiores importantes para as demandas locais em menor espaço de tempo, garantindo a qualidade do ensino. Com isso, a Uepa cumpre o seu papel para com a sociedade paraense e busca articulações importantes para o seu desenvolvimento enquanto instituição”, explicou o reitor Juarez Quaresma.
 
Na região do Marajó, Uepa e UFPA buscam um consórcio entre outras instituições de ensino e pesquisa para o enfrentamento das problemáticas sociais vividas pelos habitantes das localidades. Em 2013, por exemplo, uma pesquisa divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apontou que a cidade de Melgaço possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país e que dos 16 municípios da Ilha, oito estão entre os 50 piores IDHs do Brasil.
 
Frente a isso, cursos superiores em diferentes áreas do conhecimento e diplomados pelas instituições serão oferecidos à população. “Das regiões do estado, a que nos parece com mais carência para o acesso ao ensino superior e com mais dificuldade socioeconômica é região do Marajó. Estamos pensando em programas associados que pudessem trabalhar nossas competências nessa região na oferta de cursos superiores, um foco direcionado especificamente para a região do Marajó. Essa sim, extremamente carente e, portanto, merecedora de qualquer esforço institucional para que os jovens possam, pela experiência do ensino superior, transformar sua vida para melhor”, avaliou o reitor da UFPA, Carlos Maneschy.
 
Na ilha do Marajó, atualmente, são ofertados cursos pela Uepa, em Salvaterra; pela UFPA no município de Soure; e em Breves e Óbidos pelo Instituto Federal do Pará (IFPA).