PET GraduaSUS inicia trabalhos em Belém e Ananindeua

Enviado por Fernanda Martins em Sex, 20/05/2016 - 15:43

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde PET (Saúde/GraduaSUS) - 2016/2017 da Universidade do Estado do Pará (Uepa) iniciou oficialmente seus trabalhos na manhã de hoje, 20, com a apresentação do projeto e introdução dos grupos de trabalho para os coordenadores, tutores, preceptores e alunos bolsistas e voluntários. Este ano, o programa conta com mudanças em relação aos anos anteriores e busca uma maior integração com a gestão de Saúde dos municípios de Belém, Ananindeua e Santarém.

A cerimônia ocorreu no auditório do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e a mesa de abertura contou com a presença da representante da Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau), Grace Kelly; do representante da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), Felipe Safh; da coordenadora do PET Saúde/GraduaSUS, Silvia Gatti; e da professora Angélica Homobono, coordenadora do grupo de trabalho de Terapia Ocupacional no programa e representante da coordenadora do CCBS, Ilma Pastana.

Gatti iniciou a apresentação dando um histórico de todas as edições do PET, iniciado em 2008. Desde então, acertos e falhas são levados em conta para se desenvolver um programa mais próximo do objetivo principal do PET, que é integrar o ensino, o serviço e a comunidade, e envolver multi e interdisciplinarmente os atores do SUS e das universidades. Este ano, o PET traz como uma de suas principais novidades a indicação de um membro da gestão de Saúde dos municípios atendidos para a coordenação do programa junto às universidades.

“Em anos anteriores, a relação da Universidade com a gestão se dava através de documentos e memorandos, o que se mostrou complicado. Esse ano, tendo um coordenador que já atua dentro das Secretarias, pode-se conseguir que as coisas aconteçam mais depressa, tendo a gestão mais próxima”, justificou Gatti. A atuação do PET Saúde/GraduaSUS também ajudara os municípios a definir seus Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde (Coapes), uma proposta dos Ministérios da Saúde e Educação que busca qualificar a integração ensino e serviço, a formação em saúde e a melhoria da gestão e assistência no SUS.

Outra iniciativa implementada este ano foi o fim da interdisciplinaridade entre os grupos. Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educação Física e Biomedicina na capital e Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, e Educação Física, em Santarém, terão grupos próprios, formados por coordenadores, tutores, preceptores e estudantes do mesmo curso. “Em anos anteriores havia a interdisciplinaridade nos grupos e o que se viu foram projetos de pesquisa muito interessantes, porém, pouco foi transferido para a formação. Este ano cada profissão terá seu grupo, esperando que isso contribua mais com o ensino de cada curso”, explicou a coordenadora.

Uma das preceptoras do grupo de Enfermagem, Leila Duarte, contabiliza sua terceira participação no Programa e ressaltou as contribuições do PET Saúde para sua própria formação. “Para mim, é uma outra maneira de exercer  docência. Ter esse contato maior com o conhecimento científico é bastante benéfico, além, é claro, de ajudar na formação dos novos enfermeiros”, enumerou. Para o trabalho deste ano, com os grupos separados por profissão, ela espera fortalecer ainda mais sua profissão no que diz respeito à atenção básica.

Já o estudante de Medicina Thiago Camara participará pela primeira vez do PET Saúde, como voluntário, e está ansioso pelo contato com as comunidades. “Essa é a nossa função enquanto médicos: levar o nosso conhecimento para a população. A prevenção em saúde precisa muito ser trabalhada”, observou o jovem. A partir de agora, os grupos iniciarão suas discussões e conhecerão as comunidades em que atuarão.

O PET-Saúde/GraduaSUS  propõe fazer um levantamento de características da assistência, e o resultado final é necessariamente uma discussão dos Projetos Pedagógicos, para verificar se eles estão atendendo às necessidades da sociedade. Essas intervenções consistem em levantar o perfil dos usuários e dos profissionais, necessidade de profissionais, do ambiente e do cliente, que é a rede pública de saúde, e se isso está sendo contemplado.

 

Texto: Fernanda Martins