Ainda há muitas atividades para participar dentro da XXIV Semana Acadêmica do CCSE. Nesta quinta-feira (7), os inscritos poderão assistir às mesas de debate com os seguintes temas “Educação, cidade e violência: Segregação e direitos na periferia de Belém”, pela manhã e “Um futuro mais inclusivo para a Educação”, pela tarde. Além disso, haverá as exposições dos pôsteres acadêmicos e roda de conversa sobre as novas tecnologias e música regional.
Os participantes da semana também estão convidados a visitar o acervo da Coleção Zoológica Dr. Joachim Adis, de 9h30 às 16h30.
Olha o que já teve:
Os projetos, minicursos e apresentações continuaram intensamente durante a quarta-feira, com o desenvolvimento dos estudos e planos de aula. Contudo, o público da Semana não esteve restrito às salas. No período da manhã e tarde, o espaço do Herbário Profª. Drª. Marlene Freitas da Silva direcionou, de maneira integral, seus serviços ao público que estivesse interessado em conhecer as coleções de folhas, sementes e artefatos que fazem parte do acervo.
Os alunos puderam ainda ter acesso, por meio da abordagem de especialistas, a novas visões sobre cultura digital e redes e, mais tarde, sobre o transtorno do espectro autista.
Herbário Profª Drª Marlene Freitas da Silva
A visitação do herbário estava composta por um breve histórico de sua fundação e memória da Profª Drª Marlene Freitas da Silva, seguido da apresentação da coleção de exsicatas e suas associadas (Frutos, Plântulas, flores, xiloteca); de Briófitas; de Fungos; e Biocultural. Além de uma breve discussão da importância vegetal.
“Receber os discentes foi uma relação de aprendizagem mútua, na qual podemos repassar um pouco sobre a diversidade vegetal e a bioculturalidade regional e global apresentando a coleção do Herbário MFS por meio de um diálogo”, relatou Antônio Lobato, um dos bolsistas que trabalham no espaço.
Minicurso “São tantos 'ismos', mas, afinal, o que é ‘transsexualismo’?”
A atividade foi desenvolvida durante as tarde de terça e quarta-feira, com um primeiro momento mais teórico seguido de dinâmicas e troca de concepções e experiências dos participantes. Outros pontos trabalhados foram a vivência trans na modernidade e os seus relacionamentos sociais.
Entre os recursos utilizados na aplicação do minicurso, houve o emprego de materiais audiovisuais.
Um dos tópicos abordados para o nivelamento do assunto foi a etimologia do vocábulo errôneo “transsexualismo” que muitas vezes é usado no lugar da palavra 'transsexualidade'. “Começamos com a etimologia do termo, porque muitas pessoas ainda usam “transsexualismo” e é errôneo”, explicou Ian, um dos responsáveis pela turma.
Grande público assiste a esclarecimentos sobre transtorno do espectro autista
O Coral Madrigal da Uepa, fundado em 2001, sob a regência da professora Ana Maria de Castro Souza, entreteve o público que estava à espera do evento na sala de recitais com uma seleção de músicas tradicionais.
A mesa redonda contou com grande pluralismo de ideias e concepções, de professores e especialistas de dentro e fora da Universidade do Estado do Pará, que enriqueceram a explanação e ajudaram o público a compreender um pouco mais das nuances que envolvem esse transtorno. Estiveram presente na mesa Scheilla de Castro Abbud Vieira, Rejane de Assis Oliveira Monteiro, Rosilene Rodrigues Prado e Yago Melo de Lima.
Durante as explicações foram abordados os conceitos de deficiência, aspectos que diferenciam o entendimento do autismo em suas gradações, antes e atualmente e a necessidade de políticas públicas.
Para a professora Scheilla Abudd, é necessário que todos analisem como a pessoa com deficiência é enxergada e como ocorre a formulação das políticas públicas, em diversas dimensões. “(As políticas públicas) não são frutos de iniciativas abstratas; são de necessidades reais. E, por isso, devem ser muito bem estruturadas e envolver os sujeitos que precisam dessas políticas. É preciso que analisemos quais são os significados históricos que estão relacionados na construção das políticas”, disse.
A professora Rosilene Rodrigues Prado esclareceu que um dos caminhos para você manter um bom relacionamento com pessoas que possuem algum grau de transtorno de espectro autista é focar nas áreas de interesse deles. “Eles têm interesses anormais por temas e objetos. Tenho alunos que se dizem ‘busólogos’. Tudo sobre ônibus, eles sabem. Mapearam todos os ônibus da UFPA e conseguem dizer onde as peças (dos ônibus) foram fabricadas.”, declarou Rodrigues Prado.
“Dica para os professores: Para se aproximar de um autista, perceba qual é a área de interesse dele. E, a partir daí, você cria um vínculo e passa a ser referência para ele naquele local”, completou a professora Rosilene.
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Texto: Wesley Lima/ Ascom CCSE.
Fotos: Lays Lago/ Ascom CCSE.