A campanha Belém Vacinada, da Prefeitura de Belém, está com dezesseis postos de vacinação contra Covid-19. Deste total, dois são da Universidade do Estado do Pará (Uepa): o Campus IV, Escola de Enfermagem Magalhães Barata, e o Campus II, o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Nesta quinta, 20, e sexta-feira, 21, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realiza a imunização de deficientes permanentes que tenham entre 59 e 40, nascidos entre 1962 e 1981. Os postos funcionam das 9h às 17h.
O objetivo da Sesma é aplicar 420 doses da vacina Astrazeneca. Para isso, a Secretaria estabeleceu alguns critérios para a vacinação do grupo deficientes, entre eles: apresentar alguma deficiência intelectual permanente, que limite as atividades habituais; grande dificuldade ou incapacidade de ouvir; limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas; além de complicações na visão que possam incapacitar a pessoa de enxergar.
Para receber a vacina é necessário apresentar RG, CPF, cartão SUS, comprovante de residência em Belém e uma cópia de documentos que possam comprovar a deficiência, a exemplo de laudo médico; cartões de gratuidade no transporte público que indiquem condição de deficiência; comprovante de Benefício de Prestação Continuada (BPC); documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de deficientes; e carteira da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD).
Segundo a docente do curso de Enfermagem, Júlia Freitas, é necessário trazer uma cópia da documentação para deixar de registro no posto de vacinação. “É importante lembrar que as comprovações de que a pessoa faz parte do grupo de risco serão deixadas no posto para nosso controle, pois sem isso não será possível aplicar a dose do imunizante”, afirmou.
De acordo com a Sesma, pessoas com deficiências permanentes não aparentes não podem ser diferenciadas desse grupo prioritário, porém devem apresentar algum comprovante de condição da deficiência para que sejam incluídas e, portanto, vacinadas.
Para a poeta, Telma Cunha, que estava há meses em isolamento, receber a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 dá esperança na busca pelo retorno às atividades. “Foi muito emocionante receber a vacina. Foi uma alforria desse caos, espero que todos possam se conscientizar em relação às campanhas para que o quanto antes a gente possa retomar nossas vidas sem preocupação”, comentou.
Para a discente do segundo semestre de enfermagem, Folver Garcia, a pandemia não permitiu aulas práticas em sala de aula, porém a atuação como voluntária tem sido a possibilidade dessa experiência profissional para o futuro. “Todos nós aqui somos voluntários, temos discentes do segundo semestre ao último, e para cada um aqui estar atuando nos postos da campanha Belém Vacinada é um marco para nossas carreiras e uma ação que soma muito para nossos currículos”, disse.
Texto e foto: Daniel Leite Jr (Ascom Uepa)