Vacinação no Campus do Telégrafo carrega simbolismo
O Campus I, que abriga o CCSE, recebeu em sua maioria servidores, alunos e professores para tomar a segunda dose do imunizante. Para o diretor do Centro, Anderson Maia, vacinar no local carrega um grande simbolismo. “O período pandêmico tem sido de muitas perdas, de adaptação e sobrevivência. O momento da vacina é o momento da esperança. Estar aqui no CCSE, local em que compartilhamos tantos bons momentos antes da pandemia, onde vivemos conquistas e festejamos, para mim, só acrescenta na emoção. Ficamos muito felizes e satisfeitos em ser um pólo fixo de vacinação e podermos ajudar a Prefeitura de Belém nessa campanha”, concluiu.
O estudante de Licenciatura em Química e monitor do Centro de Ciências e Planetário, Joel Palheta, também optou por se vacinar no Campus do Telégrafo. O momento de concluir o esquema vacinal foi uma mistura de alívio e luto. “Perdi meu pai para a Covid três meses atrás e ele não teve a oportunidade de ser vacinado. Todos nós perdemos muitas pessoas e isso vem com a gente nesse momento. Mesmo assim, estou feliz de tomar a segunda dose e adquirir essa proteção extra contra a doença”, declarou.
A servidora do curso de Matemática, Alessandra Oliveira, comemorava a segunda dose, mas pregou cautela. “Estamos em regime de escala, trabalhando três dias no presencial. A cada visita de alunos ou outros servidores, atualmente, fico preocupada, pois não sabemos quem está ou não está se cuidando. Vai ser muito bom estar 100% imunizada, mas prefiro manter as normas, como a máscara, o álcool gel e o distanciamento, até que a pandemia esteja controlada”, ponderou.
CCBS registra alta procura e celeridade no atendimento
O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), o Campus II da Uepa, recebeu uma grande movimentação de profissionais da educação em busca de completar a imunização, com a segunda dose da vacina contra a Covid-19. A alta procura pelo imunizante estimulou a montagem de dois postos de vacinação no Centro, sendo um para os técnicos, funcionários terceirizados e professores da Uepa e outro para o público em geral. Segundo a representante da Sesma, Lidiane Vasconcelos, o objetivo é oferecer mais celeridade e agilidade ao processo de aplicação das doses dos imunizantes Astrazeneca e Pfizer, disponíveis nos postos. “Hoje vai ser um dia de alta demanda, pois há uma mobilização em busca do retorno às aulas presenciais nas escolas. Pensando nisso e nos profissionais da Uepa, organizamos dois postos para que a gente pudesse ter um melhor controle e também rapidez na movimentação das filas para que não haja aglomeração”, comentou.
A busca pelo retorno às atividades presenciais, no âmbito da educação, é um desejo de toda população. Mas para isso é necessário pensar na segurança de alunos e professores. Esse é o sentimento que move os educadores, como comentou a psicopedagoga Liliane Guapindaia, que desenvolve atividades em um instituto especializado em pessoas autistas. “Trabalho com um público que requer bastante tato para lidar e desde que a pandemia começou tive que pensar diversas alternativas para manter a conexão com meus alunos que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA) e por segurança tivemos que remodelar essa convivência. Mas agora, depois da imunização, poderei retomar o acompanhamento a essas crianças e adolescentes que precisam de muito apoio, atenção e carinho. Vai ser um alívio voltar para o instituto depois dessa segunda dose”, afirmou.
Para o servidor da Uepa, lotado no Suporte de Processamento de Dados (SPD) do CCBS, Tiago Oliveira, receber a segunda dose para completar a imunização reacende a esperança no retorno das atividades de educação, e oferece a segurança necessária para que os profissionais possam realizar as atividades laborais sem receio. “A alteração no meu cotidiano de trabalho na Uepa foi cercada de muitos medos. Mesmo com o retorno gradual e em escala, seguindo todos os protocolos de segurança, o receio de ser infectado e expor a minha família eram grandes. Mas agora saio dessa sala segurando meu braço cheio de alegria e esperança que as coisas possam voltar ao normal”, disse.
Texto: Daniel Leite Junior, Fernanda Martins e Guaciara Freitas (Ascom Uepa)
Fotos: Nailana Thiely e Daniel Leite Junior (Ascom Uepa)