“Eu entrei na expectativa de formar máquinas e competidores, mas dentro das possibilidades que o curso oferece, nossa missão é muito mais que formar atletas, é formar pessoas”. A certeza é de Fábio Cunha, estudante do 8º semestre do curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Nesta quarta-feira, 1º de setembro, o estudante e professores da instituição comemoram o Dia do Profissional de Educação Física, marcado pela regulamentação da profissão em 1998, por meio da Lei Federal 9.696/98.
Recentemente, a matriz curricular do curso da Uepa foi alterada para atender as demandas crescentes por profissionais da área. “Somos a primeira instituição pública do estado a formar os primeiros bacharéis em Educação Física”, destaca o coordenador da graduação na Uepa, professor Smayk Sousa. Ele também explica que a diferença entre bacharelado e licenciatura está, principalmente, na área de atuação: “o licenciado tem um amparo voltado para a educação, enquanto o bacharel pode atuar em academias e áreas hospitalares”.
Tatiana Lins, formada pela Uepa em 2005, atua há 16 anos em várias vertentes, como personal trainer, instrutora de pilates e musculação, mas sempre com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar dos outros. “Desde a minha graduação eu já me apaixonei pela minha profissão e descobri que esse era o segredo para alcançar o sonho de poder cuidar de pessoas”.
E ter cuidado com o outro é uma das principais tarefas dos profissionais, seja em sala de aula, nas academias ou na recuperação física, principalmente após o surgimento da Covid-19, em que são relatados casos de sequelas que precisam ser tratados. "A sociedade está muito mais consciente da necessidade do profissional de Educação Física e o quanto que a gente pode ajudar na parte física e psicológica, e que a gente não pode viver sem atividade física", defende Fábio. O professor Smayk lembra que "as pessoas que já fazem atividade física são pessoas que tiveram sintomas amenizados", para reforçar o quanto o profissional de Educação Física vem sendo demandado após a pandemia.
Educação Física na Uepa
Em Belém, as aulas do curso são realizadas no Campus III da Universidade, que conta com uma das melhores estruturas da América Latina, segundo o professor Smayk. “Já sediamos vários campeonatos importantes, regionais e nacionais”. Além disso, também são ofertados serviços de extensão à comunidade que, devido à pandemia do novo Coronavírus, estão suspensos. Atualmente, a Uepa também oferta o curso em Santarém, Conceição do Araguaia e Tucuruí. Por meio do programa Forma Pará, a graduação é ofertada para os municípios de Gurupá, Benevides, Melgaço e, futuramente, terá turma em Tracuateua.
Para o futuro, a coordenação do curso de Educação Física planeja fazer uma parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “Esse é mais um passo para a inclusão que damos dentro do esporte. A inclusão é o cargo chefe para o curso de Educação, seja na área do bacharelado, seja na licenciatura. Nós queremos tornar um centro de referência para paratletas, fazendo um convênio diretamente com o Comitê”, explica o professor Smayk.
Texto: Marília Jardim (Ascom Uepa)
Foto: Nailana Thiely (Ascom Uepa) e arquivo pessoal