A dose de reforço da imunização contra a Covid-19 foi o presente de Natal recebido pelos servidores na reitoria da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na manhã desta quarta-feira, 22. Após a recomendação feita pelo Ministério da Saúde, na última segunda-feira, que reduziu o intervalo entre a segunda e a terceira dose, o governador do Pará, Helder Barbalho, comunicou ontem, que a nova medida passaria a valer nos municípios paraenses.
O reforço pode ser aplicado em qualquer pessoa maior de 18 anos, que tenha recebido as duas doses de vacina, respeitando o prazo mínimo dos quatro meses, após a segunda aplicação. Até o momento, mais de 23 milhões de brasileiros e brasileiras receberam a terceira dose, que na avaliação do reitor da Uepa, Clay Chagas, representa o aumento da sensação de segurança para as pessoas. Como gestor, professor Clay afirma que a preocupação dele ultrapassa o nível individual. "Desde o início da pandemia, eu tive três medos: o medo de adoecer, o medo de contaminar a minha família e o medo de colocar os servidores em alguma situação de risco. Apesar disso, sempre procurei transmitir força e cuidar das pessoas", ponderou.
A enfermeira Ilma Pastana, vice-reitora da Universidade, ressaltou que a chegada desse momento simboliza cada vez mais a valorização da ciência. "Hoje, no Brasil, temos quatro vacinas sendo aplicadas na população. Isso é reflexo da ajuda mútua e do trabalho conjunto de vários institutos e centros de pesquisa. E apesar de tudo, o Brasil demonstra a competência histórica no processo de vacinação", explica a professora Ilma.
Renata Carneiro é uma das servidoras da Uepa, que se une aos milhões de brasileiros imunizados com a dose de reforço contra a Covid-19. Ela conta que esperava ansiosa por essa dose. "Eu já tive Covid, fiquei mal, fui internada e agora tenho a felicidade de poder receber essa terceira dose. Para mim, é uma vitória, um momento de muita emoção. Meu maior presente foi a vacina", comemora a servidora.
Quem também aguardava para receber a dose de reforço era Wanderson Damião dos Santos, que afirmou o quanto esse processo de imunização significa proteção para ele, para a família e os amigos. "Tive Covid e apresentei sintomas leves. Sempre tive muito cuidado e depois de ter adoecido, passei a ter ainda mais cuidado, principalmente porque tive muitos amigos que faleceram por causa dessa doença", afirmou Wanderson.
Texto: Guaciara Freitas (Ascom Uepa)
Fotos: Márcio Dias e Nailana Thiely (Ascom Uepa)