Ueafto recebe visita técnica do Ministério da Saúde

Enviado por Anônimo (não verificado) em Ter, 25/03/2014 - 00:00
A Unidade de Ensino e Assistência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Ueafto) da Universidade do Estado do Pará (Uepa)recebeu na última segunda-feira (24), a visita da arquiteta e urbanista do Ministério da Saúde, Beatriz Antonini. A técnica integra a Coordenação Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência, vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério, e veio à Belém para dar orientações sobre o Projeto de Estruturação e Implantação da Ueafto como Centro Especializado em Reabilitação (CER).
 
O CER é um ponto de atenção ambulatorial oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que, com equipe multiprofissional, realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva. A Ueafto foi habilitada em maio de 2013 como um CER do nível II, para reabilitação por meio de atividades físicas e intelectuais.
 
O Projeto de Estruturação e Implantação do CER II está avaliado em R$ 987.500. Com o recurso, cerca de 300 metros quadrados serão construídos e reformados. A Ueafto irá ganhar a ampliação dos espaços já existentes e construção de novas salas, entre elas, a de integração sensorial; de atendimento com metodologia planejada e específica para autistas; de estimulação sensorial; ginásio de neurologia; e ainda uma sala de estimulação precoce, específica para bebês.
 
Segundo a coordenadora do Projeto de Implantação do CER II e também coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade (Nedeta) da Uepa, Ana Irene Oliveira, a visita técnica legitima o projeto aprovado. “Ela veio avaliar o que já funciona, o que nós temos de estrutura e o que propomos de ampliação, se vai estar dentro do que a gente preconizou. É um avanço porque o CER II está habilitado desde maio do ano passado e os recursos de incentivos, já estão sendo passados para a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma)”, informou a coordenadora do projeto.  
 
“Agora que o Ministério disponibilizou uma verba para reforma e ampliação para um CER II, a gente está visitando estes espaços. Eu achei que as instalações estão ótimas. Também acho que a Universidade tem tudo para virar um CER III ou IV, porque tem uma equipe de profissional muito boa”, avaliou a arquiteta e urbanista, Beatriz Antonini.
 
Quem elaborou o projeto das novas instalações da Ueafto foi a arquiteta da Uepa, Eliza Hasselmann. Ela afirma que a Universidade está tentando gradativamente se adequar à normatização técnica e de acessibilidade em todos os prédios. “A gente tem que atender todas as normas técnicas de acessibilidade não só deste projeto, mas de todos os projetos arquitetônicos. Este, especificamente, porque lida com crianças com diferentes dificuldades físicas e por isso vamos elaborar a rampa de acesso tanto ao prédio novo, quanto ao outro já existente”, concluiu.
 
Ueafto também pretende ser espaço para produção científica
 
A construção de novos espaços e a reforma da Ueafto fomentará a integração do ensino, do serviço, da assistência na instituição e ainda a capacitação de servidores. “A gente vai capacitar todos os profissionais da unidade para aprender a fazer utilização de protocolos de avaliação, protocolos padrão, registros de dados epidemiológicos, avaliações físicas, cognitivas e sensoriais. Assim, a gente cria um banco de dados de pesquisa. A grande ideia é essa: que seja uma unidade que não só atenda, mas que crie um banco de dados para que a gente utilize sempre que for necessário, para estimular a produção científica’, acrescentou Ana Irene.
 
Com os investimentos, a Uepa também irá proporcionar para a comunidade serviços e tratamentos específicos. “A gente tem poucos serviços como estes no Estado do Pará. O Governo do Estado está construindo um prédio com estrutura para o CER IV e o Hospital Bettina Ferro também foi habilitado como CER IV. Então é uma coisa que vai somar”, relatou.
 
Na avaliação da coordenadora Estadual da Pessoa com Deficiência, Iraci Tupinambá, o Estado do Pará precisa de serviços voltados à reabilitação neurológica, principalmente, voltada para o adolescente. “Nas primeiras fases, eles são contemplados em vários serviços pelo SUS, mas depois que atingem os 12 anos, eles estão fora da reabilitação. Então, todo este trabalho o que a Uepa faz é de suma importância para melhorar a qualidade de vida destes pacientes. O que queremos é unir forças e a Ueafto é uma grande parceira”, disse.
 
Texto: Ana Cláudia Bastos
Edição: Ize Sena
Fotos: Renan Viana