Uepa é referência em ensino, pesquisa e extensão na Amazônia

Enviado por Marilia Jardim em Qua, 19/01/2022 - 10:13
Dia 18 de Janeiro é o “Dia da Universidade”. Há quase 30 anos, uma das principais instituições de ensino superior da Amazônia brasileira, a Universidade do Estado do Pará (Uepa), é uma das mais importantes portas de acesso à formação superior e à produção de conhecimento.
 
Criada em 1993, a Uepa nasceu da fusão de faculdades estaduais de Enfermagem, Medicina, Educação Física e Educação. Desde então, a instituição desenvolve ações de Ensino, Pesquisa e Extensão nas áreas da Saúde, Educação e Tecnologia. Hoje, está presente em dez das 12 regiões de Integração do Pará, com cinco campi na capital e 16 nos municípios de Paragominas, Conceição do Araguaia, Marabá, Altamira, Igarapé-Açu, São Miguel do Guamá, Santarém, Tucuruí, Moju, Redenção, Barcarena, Vigia de Nazaré, Cametá, Salvaterra, Castanhal e Bragança.
São mais de 17 mil alunos matriculados em 36 cursos de graduação, em cursos a distância e de pós-graduação lato e stricto sensu. A Uepa conta também com a Editora Universitária e o Centro de Ciências e Planetário, que contribuem para a divulgação e popularização da ciência, além das brinquedotecas e do Instituto Confúcio, que divulga a cultura e a história da China e fortalece o intercâmbio cultural e acadêmico, em convênio com a Shandong Normal University.
 
“As conquistas da Uepa estão diretamente voltadas ao processo de interiorização da universidade, que é a mais interiorizada da Amazônia. Ganhamos recentemente a Medalha Francisco Caldeira Castelo Branco, em reconhecimento à nossa participação direta na pandemia, bem como a premiação de Universidade Empreendedora. Outras conquistas muito importantes que tivemos estão diretamente vinculadas ao processo do Revalida e de termos aprovado junto ao governo do Estado o Qualifica Saúde", destaca o reitor da instituição, Clay Chagas.
 
Formação indígena
 
A Uepa é pioneira na oferta do ensino à população indígena, formando professores de várias etnias para ministrar aulas para crianças e jovens nas aldeias. "Entendemos que, com isso, contribuímos com uma maior qualidade de vida para essa população", avalia o reitor. Os planos futuros incluem a oferta de mais cursos, incluindo o de Técnico de Enfermagem ainda em 2022.
 
Matania Suruí, da etnia Suruí-Aikewára, é moradora da aldeia Sororó, localizada às margens da Rodovia BR-153, KM-55, no Sudeste do Pará, em áreas dos municípios de Marabá, São Domingos do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia e São Geraldo do Araguaia. Aluna de Licenciatura Intercultural Indígena, ela reconhece a importância da chegada do ensino superior ao lugar onde vive.
 
"Os povos indígenas estão em busca de conhecimentos acadêmicos, e sabemos que os povos originários são conhecidos como povos da oralidade. Nossos antepassados não tinham o domínio da escrita, e necessitamos da escrita e do conhecimento dos não indígenas para nos preparar e nos fortalecer enquanto povos indígenas, sendo protagonistas de nossas próprias conquistas", afirma a estudante, reforçando que "precisamos ter acesso às universidades para fortalecer mais a nossa identidade cultural, a mãe natureza e os nossos territórios, os nossos direitos, os nossos patrimônios culturais".
 
Texto: Carol Menezes (Agência Pará)
Fotos: Nailana Thiely 
(Arquivo Ascom/Uepa) e  Rayda Lima (Uepa/Divulgação)