Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Bujaru são estimulados a realizar ações de prevenção a quedas de idosos
O SUS (Sistema Único de Saúde) registra a cada ano cerca de R$ 51 milhões em tratamentos de fraturas decorrentes as quedas de pessoas acima de 60 anos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), 50% dos idosos com fratura no fêmur falecem após um ano de internação. A outra metade se torna dependente dos cuidados familiares.
De acordo com o professor de fisioterapia da Universidade do Estado do Pará (Uepa), João Sergio de Sousa Oliveira, as quedas ocorrem nas ruas, dentro de casa e até pela falta de cuidado com os pés. ‘’Idosos ativos caem ao sairem. Saem devido a calçadas desniveladas. Dentro de casa são os tapetes soltos, cabos, baixa iluminação. Até o cuidado com as unhas, problemas de micoses nos pés facilitam as quedas’’, diz ele. As consequências dos acidentes geram sequelas, custo elevado de tratamento, e exclusão do meio social.
Com a proposta de aumentar o conhecimento em medidas preventivas e ações de redução a quedas na terceira idade, 40 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Bujaru participam até esta sexta-feira (14) da Oficina de Capacitação de Avaliação Gerontológica Ampla e Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas. O projeto é uma parceria do Programa Campus Avançado da Uepa e a Prefeitura Municipal de Bujaru, e se iniciou na segunda-feira (10).
De 8h as 12h e 14h as 18, no auditório da Secretaria de Saúde de Bujaru, os ACS aprendem sobre os conceitos básicos na área do envelhecimento; doenças da idade como depressão, delírio, demência; estabilidade postural; e finalizam com treinamento prático de prevenção a quedas. As oficinas são ministradas por alunos da Uepa dos cursos de fisioterapia e engenharia de produção.
O professor João ressalta que o Projeto está em Bujaru devido à quantidade de moradores idosos. ‘’ Dentre os municípios do Estado, há grande população idosa em Bujaru, que necessita de implantação e da capacitação das equipes multiprofissionais. Esperamos que consigam reconhecer fatores internos, externos e comportamentais de riscos”, enfatiza.
Texto: Renata Paes
Foto: Pró-Reitoria de Extensão - PROEX