Nesta terça-feira, 13, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) antecipou a entrega de 46 diplomas de discentes do Curso de Medicina do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), em Belém, por meio de uma videoconferência. Pela internet foi simulado todo ritual de formatura, que não pôde ser realizado presencialmente em função dos protocolos de biossegurança, para evitar a proliferação do novo Coronavírus.
As cerimônias de outorga de grau costumam ser momentos de festa entre os colandos, familiares e amigos. Porém, com a pandemia, essas celebrações ganharam novos formatos e conceitos dentro da esfera digital. A colação de grau em formato on-line contou com a participação de uma banca formada pela diretora do CCBS, Vera Palácios, e pelos professores Roberta Koyama, Mariane Franco e Rui Mascarenhas, escolhidos respectivamente como paraninfa, patrona da turma e nome da turma.
Para a professora Djenanne Caetano, coordenadora do Curso de Medicina, o fato de a Uepa formar 46 novos profissionais para auxiliar o cenário da saúde do Estado do Pará é de grande valor para a sociedade paraense. “É de grande importância, tanto para a Universidade quanto para saúde paraense, a formatura desses novos profissionais, pois estamos entregando novos médicos capacitados para fazerem atendimento e estar à disposição, para auxiliar a comunidade do nosso Estado, que ainda atravessa a pandemia da Covid-19”, comentou.
Momento de conquista para todos
A ação da Uepa é embasada na Lei nº 14.040, que estabelece normas excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública, reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, que alterou a Lei nº 11.947 de 16 de junho de 2009. O objetivo é abreviar a duração dos cursos de medicina, farmácia, enfermagem e fisioterapia, desde que o aluno tenha cumprido, no mínimo, 75% da carga horária do internato do curso de medicina ou 75% da carga horária do estágio curricular.
O reitor, Rubens Cardoso, ressalta a importância social da Uepa, além do papel educacional, em função de a instituição ter acatado o pedido dos discentes para antecipação do diploma com base na lei federal. “O grande papel social da Universidade do Estado do Pará está representado, sobretudo, pela expansão de suas atividades para o interior do estado e por formar profissionais que atendam à demanda do mercado de trabalho paraense. Isso, sem dúvida, é o que a gente pode fazer e está contido na própria lei da Universidade. Mas a antecipação de hoje, embasada em lei, é sim uma ação de responsabilidade da Universidade, pois coloca os profissionais à disposição das frentes de trabalho no combate à pandemia”, afirmou.
Para diretora do CCBS, Vera Palácios, poder ofertar novos profissionais da área da saúde para compor a linha de frente do enfrentamento ao vírus da Covid-19 é uma ação institucional que demonstra compromisso que a Uepa tem com a sociedade paraense. “Hoje é mais um momento especial para o CCBS e para Uepa, pois estamos entregando 46 novos médicos preparados para trabalharem no mercado de trabalho e acima de tudo atuarem no combate à Covid-19 e assim ajudar o nosso Estado a superar essa pandemia. Me sinto muito feliz, por poder estar participando deste momento único para todos esses discentes e agora recém-formados”, disse.
Discentes capacitados para atuar
Durante a graduação em Medicina, a Uepa oferece aos discentes uma gama de experiências multiprofissionais na área da saúde, para formar profissionais capacitados às diversas especialidades do mercado de trabalho na área da saúde.
Para o recém-formado, Bernardo de Oliveira, a Uepa agiu em prol dos discentes em todo processo de antecipação do diploma e isso reafirma o papel social que a Universidade possui, vai além do valor educacional para sociedade paraense. “É imperativo e responsabilidade da instituição na entrega de mais profissionais para a área da saúde no momento em que estamos, porque é inegável a necessidade de mais assistência. Desta forma, tivemos muitas dificuldades para o andamento do processo de antecipação, mas contamos com o apoio de muitas pessoas de dentro da Uepa, que sabiam da importância dessa necessidade de mais médicos para atuar na pandemia. As pessoas que ajudaram sabem do que estou falando, pois também acreditam na importância da Universidade estar entregando novos médicos para o Estado durante a pandemia”, disse.
Os médicos que a Universidade formou hoje atuaram, durante o internato, em Unidades Básicas de Saúde (UBS), tanto na zona urbana, como na zona rural, além da Policlínica e de hospitais de referência, nos âmbitos estadual e municipal.
Para a recém-formada, Nathalia Pereira, a Uepa estará marcada na sua vida para sempre, não somente por ter sido o lugar onde encontrou o caminho profissional, mas por todo afeto construído ao longo de todos os anos, além da capacitação que a preparou para assumir o papel de médica e atuar de forma íntegra e segura. “Tenho professores que marcaram a minha trajetória e que me ensinaram muito mais do que ser médica, mas como ser uma pessoa melhor, pois me ofereceram experiências médicas e abriram espaços para que eu pudesse praticar e atuar até me sentir segura, por isso sou realmente grata à Uepa por ter me preparado durante estes seis anos. Por isso eu digo que a Uepa é realmente uma casa para mim e que vou levar no coração para o resto da vida”, contou.
Texto e captura de tela: Daniel Leite (Ascom Uepa)