Ações educativas, científicas e culturais foram atrações no último dia da 10º Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo do evento foi despertar a curiosidade e contribuir para a formação educacional de crianças e jovens estudantes do Estado, bem como da população em geral.
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) foi uma das instituições parceiras da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) na realização da Feira. Estandes com informações sobre projetos e cursos do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT) da Uepa, como os cursos de Egenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Design, Comércio Exterior, Relações Internacional estiveram disponíveis durante o evento.
O coordenador do curso de Engenharia Florestal, Madson Rocha, contou o que de interessante o público conheceu no estande do curso presente na Feira. “As pessoas podem assistir os vídeos dos alunos nas atividades do Projeto Adote uma Espécie Florestal. Além de perceber que o curso de Engenharia Florestal da Uepa se adequa a novas tendências dessas propostas curriculares, que é justamente colocar o aluno em maior tempo possível em contato com a realidade da profissão”, disse o professor.
Ana Caroline Castro é aluna do 5º ano de Engenharia Florestal da Uepa e explicou sobre o Projeto Adote uma Espécie Florestal. “Trouxemos para o estande o Projeto que tem por objetivo ajudar a formação dos estudantes. O aluno vai a campo e escolhe uma espécie de interesse dele e durante toda a graduação vai desenvolver pesquisas sobre aquela espécie. Com isso, vários trabalhos estão sendo publicados em congressos e revistas científicas com os estudos que já foram feitos por esses alunos”, contou a estudante.
O curso de Engenharia Ambiental também esteve presente no último dia da Feira. A coordenadora do curso, Aline Sardinha, informou o público sobre as atividades do estande. “A gente trouxe alguns projetos para mostrar na área de tecnologias. Ambos foram financiados pelo Banco da Amazônia. Um foi realizado em Marabá, foi sobre resíduo sólidos. O outro foi em Castanhal, que foi uma tecnologia para tratar os esgotos domésticos gerados nas residências”, explicou a professora.
No estande também tinha uma maquete que ilustrava a mecanização para estruturar o funcionamento de uma estação de tratamento de esgoto. “A estação é justamente para equilibrar a água que for lançada no rio, para que ela esteja padronizada e que não contamine os rios", disse Felipe Silva, aluno do 8º semestre de Engenharia Ambiental.
A Uepa também levou à Feira informações sobre astronomia, por meio do Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPP) e a instalação de um Planetário Móvel, sua maior atração. “Estamos no último dia e já temos mais de 600 pessoas que visitaram a sessão. Também temos experimentos na área da física, química, biologia e matemática, tudo voltado para o evento da bioeconomia, que é o tema da Feira”, explicou a Assessora Pedagógica do Planetário, Alice Sousa.
Marcelo Monteiro é estudante e visitou o Planetário Móvel. “Eu achei interessante, aprendi coisas que eu não sabia, bem educativo. Eu vi os astros, asteroides, planetas. Gostei muito”, contou o aluno.
Além disso, a participação da Universidade incluiu a palestra A Importância dos Drones no Processo Investigativo das Perícias de Engenharia, ministrada pelo professor doutor José Alberto Sá. “Inicialmente foi apresentada uma curiosidade histórica sobre o primeiro drone que capturou imagens da cidade de São Francisco. Depois foi exposto detalhes da atual regulamentação brasileira sobre drones da Agência Nacional de Aviação Civil. Em seguida, foram expostas diversas aplicações dos drones na engenharia, em atividades do tipo: vistorias, inspeções e perícias”, explicou o professor.
Nos dias anteriores da Feira, a Uepa levou a público a apresentação do Madrigal na cerimônia de abertura oficial. A 10ª Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação ocorreu durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, instituída em 2004 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Neste ano, o tema nacional é Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável, aderente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Texto: Letícia Aleixo
Foto: Nailana Thiely e Priscila Castro