XXI Campus Flutuante discute narrativas orais

Enviado por Fernanda Martins em Sex, 20/10/2017 - 13:23

O Projeto Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia (Ifnopap) promoverá, no período de 23 a 28 de outubro,  a XXI edição do evento Campus Fluntuante/Ifnoap nos municípios de Breves, Portel e Melgaço. O programa possui uma significativa produção acadêmica e é o maior projeto integrado da UFPA.

No encontro, pesquisadores e convidados, como tem sido uma prática nos últimos 18 anos, vão se deslocar em um navio para realizar a programação acadêmico-científica, com dimensão extensionista, na região de uma biodiversidade mais rica do planeta, assim como incursões por uma das paisagens mais instigantes do Norte do País. Haverá certificação

“Retornamos a esta região por se tratar de uma Amazônia de riqueza indiscutível e de possibilidades de incursões em áreas variadas, considerando a diversidade biológica e cultural, de modo geral, sendo que não há como se perder a oportunidade de realizar um trabalho, como o faz, anualmente, o Ifnopap/Campus Flutuante, pela Amazônia paraense”, diz a professora Maria do Socorro Simões, uma das idealizadoras do projeto.

O Quarteto de Cordas Paulino Chaves do Núcleu de Arte e Cultura (NAC) da Uepa será uma das atrações musicais na etapa de Breves do evento. Além deles, docentes e discentes também integram a programação. As professoras Roberta Isabelle Bonfim Pantoja e Josebel Akel Fares comandam a mesa redonda “Para tirar a poesia do olimpo: poéticas amazônicas por uma educação sensível”. A sessão de comunicações terá participação de Orivalda Cerdeira Feitosa, com o trabalho “Educação em contexto de experiências cotidianas locais”, e Luana Gonçalves de Souza, apresentando “A cultura ribeirinha belenense e os jardins suspensos da Amazônia”.

Maria do Socorro comenta que o retorno aos municípios do Marajó, com uma proposta de discussão multidisciplinar, visa dar ênfase a temas relacionados com a história e com discussões biossocioculturais desta região, além de insistir em uma questão que tem sido foco de interesse do homem, neste século XXI: a sustentabilidade.

“Pesquisadores, professores e coordenação do Ifnopap se deram conta da singularidade do arquipélago na década de 90, de modo que o Marajó fez parte dos primeiros espaços de recolha de narrativas orais populares da Amazônia paraense. O encantamento por essas narrativas se deveu, particularmente, pelo que elas guardam de mais tradicional e pelo que manifesta na relação homem/natureza, num permanente navegar entre o rio e a floresta de uma Amazônia repleta de seres encantados”, explica Maria.

Além da significativa produção acadêmica de alunos, tanto da graduação quanto da após-graduação, o programa já proporcionou 20 eventos, sendo que, entre esses, 15 aconteceram no formato de seminários embarcados com a presença de pesquisadores reconhecidos na sua área de atuação, tanto em instituições locais, quanto nas nacionais e internacionais. Mais informações, clique aqui.

Texto: Ascom/UFPA e Ascom/Uepa

Foto: Rodolfo Oliveira/Agência Pará