Os acadêmicos do último semestre de Engenharia Ambiental da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Paragominas, desenvolveram cinco simuladores para o tratamento de resíduos líquidos lançados no meio ambiente, provenientes dos esgotos das indústrias e residências, e um de geração de energia por meio do pó de serragem.Os protótipos foram produzidos com tubos, madeiras, garrafões de água de 20 litros, tijolos, cimento, entre outros materiais utilizados na construção civil. O seixo, areia, caroço de açaí e até plantas foram utilizados para filtrar e separar a água dos resíduos poluentes como o óleo e o lodo.
“O lodo tem quantidade de 97% de água contida. Ele pode ser aproveitado na agricultura como fertilizante. Quando separado da água fica tipo uma pasta, que adicionada com outros compostos pode ser usada na agricultura, por exemplo, na plantação de laranja”, explica a acadêmica Alice Queiroz Bezerra, 24 anos.
Dos seis protótipos, cinco são móveis e foram colocados no laboratório de Engenharia Ambiental para que outros alunos e até a comunidade tenha acesso à separação de afluentes. O protótipo fixo, destinado ao tratamento de esgoto, foi construído na área externa, atrás do campus Paragominas.
A criação dos simuladores de filtragem integra a disciplina Tecnologia Aplicada do curso de Engenharia Ambiental, ministrada pelo professor Antonio Pereira. “O objetivo da construção de simuladores foi associar a disciplina ao cotidiano da conservação ambiental e permitir aos discentes da turma de 2011, a formulação de propostas inovadoras e de baixo custo aos processos produtivos”, diz o professor.
Texto: Renata Paes