Uma equipe formada por enfermeiros, assistentes sociais e uma psicóloga do Centro de Saúde Escola (CSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) promoveu na última terça-feira (1), uma mobilização para conscientizar os usuários e os servidores sobre o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, lembrado no primeiro dia do mês de dezembro.
Além da distribuição de preservativos, foram realizados ciclos de palestras, seguidos de coletas voluntárias de sangue. O exame prévio, feito com uma ou duas gotas de sangue do dedo, foi realizado por alunos do Curso de Enfermagem, que também participaram da ação como atividade extracurricular.
No CSE, os testes são feitos na hora e, independente do resultado, os pacientes são encaminhados para a psicóloga a fim de trabalhar a conscientização sobre a condição de saúde e riscos. Se confirmado o diagnóstico soropositivo há o imediato encaminhamento para a Casa Dia, em Belém. Pacientes que residem fora da capital serão encaminhados para a Unidade de Referência Infecto Parasitária Especializada em HIV/AIDS (Uredipe) dos respectivos municípios onde moram. Gestantes e crianças serão encaminhadas para a Unidade de Referência Materno Infantil (Uremia) também nas próprias localidades.
A diretora do CSE, Fátima Carrera, explica que “o acesso ao serviço de teste de HIV é disponível o ano inteiro no Centro do Marco, sendo que a nossa mobilização é maior em apoio ao combate da doença, que teve seu momento de estabilidade, mas hoje se encontra novamente em crescimento. É preciso conscientizar a população constantemente para que tenhamos melhores resultados ano após ano".
De acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, a faixa etária em que a AIDS é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.
No Pará, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), entre os anos de 2010 até 2015 foram 2.700 casos notificados. Apenas 30% dos casos são registrados na capital. A falta de uso do preservativo ainda é um dos principais fatores que contribui para os casos.
Segundo psicóloga clínica do CSE, Maria de Nazaré Gonçalves, “essa campanha é uma grande mobilização mundial para continuar a informar sobre a necessidade de prevenção a doença, sobre as mudanças de hábitos e comportamentos de risco, orientando sobre o que deve ser feito para evitar o contágio". A diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Ilma Pastana completa: “ações como essa são para reduzir o crescimento do mapa epidemiológico no estado, oferecendo palestras e serviços de qualidade à comunidade, estreitando assim as relações de ensino e serviço”.
Texto e foto: Antonio Carvalho
Edição: Ize Sena