Mães recebem diagnósticos antecipados de possíveis doenças em bebês

Enviado por Ize Sena em Sex, 04/12/2015 - 18:08

A cobradora de ônibus, Danielle Lima, 29, se sentia apreensiva só de pensar que o próprio filho, Davi Enzo Lima Soares, de apenas um mês, poderia ter algum tipo de problema na vista ou na fala. Na tarde desta sexta-feira (4), o pequeno Davi fez o Teste do Olhinho e o Teste da Linguinha, capazes de identificar futuras anomalias na visão como glaucoma ou cegueira, e na língua, como dificuldade de se alimentar e falar.


Simples, rápidos e indolores, os Testes foram oferecidos gratuitamente durante a Ação de Saúde Materno Infantil, realizada pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), no Centro Social Alegria, localizado na avenida Marques de Herval, nº 156,  entre as travessas Curuzu e Chaco, no bairro da Pedreira, de 14h as 17h.


Além de Davi Enzo, outras 150 crianças realizaram os mesmos testes. “ É meu primeiro filho que faz esses exames. Os médicos me recomendaram para evitar  doenças nos olhos e também na língua do meu bebê. Fiquei sabendo dessa ação pela televisão e decidir vir”, diz Juliana Maia Pereira, mãe de João Vitor Pereira, de 4 meses.


Para o Teste do Olhinho, a organizadora da ação, professora Márcia Maciel, utilizou um aparelho móvel, que emite luz em direção aos olhos da criança. Pelo aparelho, se observado um reflexo vermelho ou alaranjado, o eixo óptico está livre, sem nenhum obstáculo e a visão é considerada saudável.


Caso apareça nos olhos da criança um reflexo branco, amarelo, turvo ou preto, é necessário procurar um oftalmologista. “Não pode estar amarelo, nem branco, nem preto. Essas variações podem indicar cegueira, catarata. É importante que a mãe leve a criança ao oftalmologista, pois só ele poderá dizer de que doença se trata”, diz professora Márcia Maciel.


Já no Teste da Linguinha é verificado se o freio que liga a língua do bebê a parte inferior da boca apresenta deformação. “Se a língua ficar grudada com a parte de baixo da boca, o bebê não consegue falar e nem mamar direito, porque não consegue fazer o movimento com a língua. As mães precisam procurar um otorrinolaringologista. Geralmente a criança nasce assim devido a genética”, explica Marcia Maciel. A fonoaudióloga da Uepa, Luciana Serique ajudou na realização dos Testes da Linguinha.


Após os exames, as mães que receberam o diagnóstico de anormalidade nos bebês foram encaminhadas aos serviços de oftalmologia e fonoaudiologia oferecidos pela Uepa.   Em casos graves, com necessidade de cirurgia, por exemplo, os pacientes foram direcionados ao atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS).   

Texto: Renata Paes
Fotos: Renata Pinto