Alunos propõem uso de experimentos no ensino da Química

Enviado por Anônimo (não verificado) em Seg, 10/02/2014 - 00:00
 
O projeto de Extensão foi desenvolvido junto aos professores da rede pública de ensino de Redenção, no Sul do Pará. A experiência do projeto apontou a relevância da utilização de experimentos como instrumentos facilitadores da integração e da aprendizagem, além de estreitar os laços entre a Universidade e a sociedade.
 
O ensino das ciências naturais é tema de um projeto de extensão desenvolvido por alunos da turma de 2010 de Ciências Naturais - Química do campus XV da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Redenção, no Sul do estado. Os alunos Claiton Góes, Lucinaria Brito Santos, Solange Silva Macedo, Luan Santos e Natália Souza pesquisaram, especificamente, a importância do uso de experimentos no repasse de conteúdo aos alunos.
 
O projeto intitulado Atividades Experimentais no auxílio da aprendizagem da disciplina de Química, coordenado pelas professoras Rejane Goetten e Cimara Oliveira Campos, foi direcionado aos professores de Ciências do Ensino Fundamental da rede pública municipal de Redenção. A partir da metodologia utilizada foi possível a troca de experiências entre os alunos do curso e os profissionais, por meio de palestras e oficinas, o apontamento de dificuldades na prática educacional e a reflexão sobre o ensino de Ciências nas escolas. “O objetivo maior desse projeto foi mostrar aos professores que as atividades experimentais podem ser utilizadas no ensino da química. E o retorno dos professores das escolas foi muito positivo, inclusive a prefeitura nos solicitou o desenvolvimento de outros projetos semelhantes no município”, ressalta a professora Rejane Goetten.
 
O projeto levou em consideração a importância do experimento como um fator que aproxima o conteúdo teórico às experiências da vida prática. De acordo com o estudante Claiton Góes, que aprofundou o estudo sobre a experiência de extensão em seu Trabalho de Conclusão de Curso, “poderíamos pensar que, como atividade educacional, isso poderia ser feito em vários níveis, dependendo do conteúdo, da metodologia adotada ou dos objetivos que se quer com a atividade”, afirma.
 
Um dos resultados apontados revela que a disponibilidade de tempo, de espaço e de incentivo para a adoção de experimentos no ensino da química devem ser itens indispensáveis para sua realização e, consequentemente, para a melhor apropriação do conteúdo pelos alunos. Ainda, segundo Claiton, a química aparece como “componente curricular onde os alunos apresentam grandes dificuldades de aprendizagem, pois é tratado burocraticamente pelo ensino formal, não fornecendo espaços para a realização de atividades experimentais e diálogos sobre os contextos de suas aplicações, seja por falta de uma metodologia pelo professor ou falta de tempo de aula, já que, no contexto escolar, os alunos possuem somente duas aulas para o componente específico".
 
A experiência do projeto apontou, ainda, a relevância da utilização de experimentos como instrumentos facilitadores da integração, da sociabilidade, do despertar  do aluno e, principalmente, do aprendizado, além de estreitar os laços entre a Universidade e a sociedade. “Esse projeto levou a Uepa para a comunidade. Nós, enquanto Estado, devemos auxiliar o aperfeiçoamento dos nossos professores, que precisam de aperfeiçoamento constante”, ressalta a professora Rejane Goetten.