Curso de Licenciatura indígena é avaliado por Conselho

Enviado por Anônimo (não verificado) em Ter, 25/03/2014 - 00:00
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) recebe esta semana uma comissão do Conselho Estadual de Educação do Pará, que avalia o curso de Licenciatura Intercultural Indígena. São observados itens como o perfil dos docentes, a estrutura curricular, laboratórios e bibliotecas. É a primeira avaliação do curso desde a sua criação, em 2012.
 
Essa é a terceira avaliação realizada pelo Conselho sobre os cursos de graduação presencial ofertados pela Uepa, após a observação dos mesmos itens nos cursos de Engenharia Florestal e Tecnologia de Alimentos. Além dos presenciais, a Educação à Distância também passou por uma avaliação do Ministério da Educação (MEC), em fevereiro deste ano.
 
Segundo a professora Joelma Alencar, coordenadora do Núcleo de Educação Indígena da Uepa, e do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, trata-se de um momento decisivo para a consolidação da formação. “Nós acolhemos a comissão avaliadora e vamos esperar as recomendações. É uma avaliação por amostra, que vai desde a documentação, passando pelos locais onde o curso acontece, até os discentes, para saber como tem sido a sua formação e a vivência no curso”. Conforme for recomendado, aguardaremos uma próxima avaliação”, ressalta.
 
O curso surgiu a partir da demanda das próprias comunidades indígenas, por meio de uma articulação política com o Ministério Público do Estado do Pará (MPE), e é ofertado pela Uepa em São Miguel do Guamá, para a etnia Tembé; em Marabá, para os Gavião e, na Aldeia Sororó, para os Suruí Aikewara; em Santarém, no território étnico-educacional Tapajós Arapiuns; e em Oriximiná para a etnia Wai-wai.
 
Trata-se de um curso novo de formação de professores indígenas em turmas unicamente formadas por indígenas, tanto no Pará, quanto em âmbito nacional. De acordo com a professora Laura Arlene Saré Ximenes Ponte, integrante da Comissão de Avaliação do Conselho Estadual de Educação, este processo faz parte dos trâmites legais pelos quais os cursos precisam passar. “O próximo passo é a entrega do relatório das informações recolhidas aqui ao Conselho e, a partir disso, haverá uma análise e sugestões serão feitas. Essa é uma avaliação exigida legalmente para dar seguimento ou não ao curso”, destaca a avaliadora.
 
A comissão seguirá, nesta quarta-feira (26), para o campus de São Miguel do Guamá, e, na quinta-feira (27), para a Aldeia São Pedro, do povo Tembé.
 
Texto: Janine Bargas
Edição: Ize Sena