Violência e opressão contra as mulheres em debate

Enviado por Anônimo (não verificado) em Qua, 16/03/2016 - 15:05

Ano passado, o 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou que no Brasil há, no mínimo, 47.646 estupros. O índice equivale à média de um estupro a cada 11 minutos e as mulheres são as principais vítimas. Na manhã de hoje, o assunto sobre a violência causada contra o sexo feminino veio à tona durante o Encontro Mulheres em Movimento na Luta por Direitos. A programação encerra nesta quarta-feira, 16, na Sala de Recitais, do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). 

Pela manhã, a representante do Movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais (LGBTT), Silvia Guerreiro, abordou a invisibilidade dos casos de assédio e estupro que ainda ocorrem na sociedade, além de citar os diferentes tipos de preconceitos com a mulher.

“Muitos casos de violência contra a mulher vão além da mídia e precisam ser combatidos. O Estado não nos dá direitos para lutarmos de maneira justa, por isso o preconceito contra a mulher existe em diferentes segmentos”, revelou ela.

Já o mestrando em Ciências da Religião da Universidade Federal do Pará (UFPA), Ricardo Ferreira Ricardo, falou sobre a teoria Queer e a opressão machista. “Só as mulheres tem dimensão da opressão que sentem na sociedade machista. A teoria Queer mostra que o sexo é natural, mas o gênero é uma construção social e preciso ser respeitado”, disse. A segunda mesa redonda encerrou com o debate entre alunos da plateia e os integrantes da banca.

Pela tarde, às 14h, ocorreu a terceira mesa redonda, que discutirá o tema Experiências de Pesquisas Sobre Mulheres. A partir das 16h será exibido o documentário 25 de julho: Feminismo Negro Contado em Primeira Pessoa. A produção cinematográfica será debatida pela professora Katia Melo. Às 18h, o Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da Uepa encerrará a programação com atividades e um coquetel.

Ontem, a doutora em Antropologia, Denise Cardoso, palestrou sobre assuntos como a ideologia machista, a cultura dualista e participação política dos cidadãos. À tarde, a programação seguiu com a primeira mesa redonda Mulheres em Movimento, composta por professoras da Uepa, que discutiram sobre o feminismo no Brasil e a luta por direitos, o gênero, sexualidade na adolescência e a luta de mulheres jovens feministas.

SERVIÇO

Mulheres em Movimento na Luta por Direitos

16 de março

8h as 18h

CCSE: travessa Djalma Dutra, bairro do Telégrafo - Sala de Recitais

Confira a galeria de imagens aqui.

Entrada franca

 
Texto: Rafael Dias
Fotos: Nailana Thiely