III Fórum de Extensão abre com premiações de trabalhos

Enviado por Anônimo (não verificado) em Qua, 21/09/2016 - 23:47

Abandonados pela sociedade. Debilitados fisicamente e mentalmente. Dormem pelas praças, embaixo de viadutos. Se abrigam do sol e chuva com papelão e restos de madeira. Este é resumo da vida de vários moradores de rua. Interessada em mudar essa realidade e reverter as sequelas deixadas pelo tempo na vida desses cidadãos, a terapeuta ocupacional, Rita de Cassia Gaspar da Silva, desenvolveu um projeto de reabilitação com ex-moradores de rua, amparados pelo abrigo Cidadela João de Deus, em Marituba, Região Metropolitana de Belém.

 

Professora Rita e as acadêmicas do curso de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará(Uepa), Zenira Becker, Adriana Sasaki e Tayná Diniz, visitam o Abrigo, no mínimo, duas vezes na semana para realizarem atividades de prevenção a saúde, reabilitação da autoestima, atividades artísticas e corporais, de memória, oficinas de jardinagem, e terapias especializadas para a mente e corpo.

 

Ela destaca os resultados. “ Os moradores de rua, em geral, são ociosos e levam uma vida sedentária. Fazemos uma motivação com eles, depois trabalho em grupo. Eles se sentem excluídos socialmente, marginalizados pela história de vida que tem, se envolvem com álcool e drogas. Com esse projeto, eles melhoram o raciocínio, tem maior facilidade de se relacionarem entre eles”, diz Rita.

 

O projeto intitulado “Atuação da Terapia Ocupacional social com moradores de rua: resgate a cidadania”, está em andamento desde o início de 2015. Ele é mais um dos projetos de extensão da Uepa, que na noite desta quarta-feira, 21 de setembro, teve reconhecimento durante a abertura do III Fórum de Extensão, no auditório da Unidade de Ensino e Assistência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional (UEAFTO), do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS), na travessa Perebebuí, esquina com a avenida Almirante Barroso, em Belém.

 

Dos 55 trabalhos de extensão submetidos e que serão apresentados no III Fórum, sediado hoje (21) e amanhã (22), 10 foram selecionados e premiados na solenidade de abertura. A programação tem como tema central a “Universidade e Sociedade: a extensão universitária atuando no desenvolvimento do Estado do Pará”. A proposta do evento é divulgar os projetos que nascem dentro da Universidade, e se concretizam fora dela, na comunidade. Daí o Fórum ser de Extensão.

 

A mesa de abertura foi composta pela pró-reitora de Extensão, Mariane Franco; pró-reitora de Graduação, Ana da Conceição Oliveira; pró-reitor de Gestão e Planejamento, Carlos Capela; pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Hebe Morgane; e a diretora de Extensão, Ana Telma Monteiro. Os presentes na mesa deram as boas-vindas ao público.

 

Na conferência de abertura, professora Mariane Franco frisou a experiência vivenciada em projetos extensionistas, e pontuou os programas e projetos de sucesso da Universidade, como o CineClube, Uepa nas Comunidades, Uepa Kids, Rádio Web, Chamada de Extensão, Campus Avançado, Cursinho Popular NEPE- PREPARA, Centro de Ciências e Planetário, entre outros.

 

Destaque para o lançamento da quinta edição da revista Multiplicações.  Nela, contém 19 trabalhos de extensão desenvolvidos pela Universidade. As revistas foram entregues aos presentes e também estarão disponíveis nos meios de comunicação online da Uepa. A pró-reitora Mariane garante que o material chegará a outras universidades. “  A Revista vai circular pelas outras instituições públicas e privadas. São 500 exemplares. Essa é a chance de divulgação dos trabalhos realizados pela Universidade”, diz ela.

 

Portarias de elogio também foram entregues a 42 parceiros da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) presentes na programação. Entre eles estavam representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Academia de Críticos de Cinema do Pará, Governo do Estado, e professores.

 

Confira as fotos do evento no link: 

https://www.flickr.com/photos/biuepa/albums/72157674203903645

 

Nesta quinta, a programação inclui exposição dos projetos, entre eles o Ciência Itinerante, que leva parte do Centro de Ciências e Planetário da Uepa até as escolas, e o uso de órteses e adaptações de baixo custo para pacientes com sequelas da hanseníase, sob a ótica da Terapia Ocupacional.

 

Texto: Renata Paes
Fotos: Nailana Thiely