Representantes das Instituições de Ensino Superior (IES) e de pesquisa no Estado do Pará assinaram na última terça-feira, 13, o Protocolo de Cooperação que estabelece ações conjuntas no desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. O encontro ocorreu na sala de reuniões da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores Deliberativos, no prédio da Reitoria da Universidade Federal do Pará (UFPA). O documento renova as parcerias entre as instituições, com a perspectiva de compartilhar experiências e buscar o crescimento acadêmico e científico no estado.
A reunião foi iniciada pelo reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, que fez uma breve apresentação do trabalho das instituições, a partir da criação do Protocolo, em 2001. Inicialmente, o documento foi assinado apenas pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), Instituto Federal do Pará (IFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), UFPA, Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), e pela Universidade da Amazônia (Unama). A partir da renovação do Protocolo de Cooperação em 2017, passam a fazer parte a Embrapa, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Instituto Evandro Chagas (IEC), a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
Para o reitor da Uepa, Rubens Cardoso, o acordo será um facilitador no cumprimento das agendas da Organização das Nações Unidas (ONU) e Pará 2030. “Nós temos uma dificuldade, que é essa complementaridade de ações entre as IES. Tem muita coisa que precisamos nos unir para poder resolver aqui, a exemplo da mobilidade acadêmica de estudantes entre as IES para fazer algumas disciplinas; a possiblidade de construção de doutorado para qualificar o profissional mais próximo da sua realidade, sem precisar se deslocar e com menor custo financeiro; discussão de questões que de alguma forma afetam o Ensino Superior na Amazônia, além de melhor entrosamento das instituições de pesquisa, que agora fazem parte (do Protocolo). Esse é o grande mote.”, resumiu.
De acordo com o reitor Emmanuel Tourinho, as instituições passarão a atuar em duas frentes de trabalho. “A primeira será com iniciativas na área acadêmica e científica, conjugando esforços para favorecer o trabalho e o desenvolvimento das instituições. Em outra frente, iremos atuar em conjunto para buscar políticas públicas que favoreçam o incremento da atividade acadêmica e científica no nosso estado e que permitam o avanço qualitativo e uma maior integração das nossas instituições no ambiente internacional de pesquisa e desenvolvimento tecnológico”.
Durante a reunião, os participantes apresentaram suas considerações em relação ao documento. Com a necessidade de maior interação entre os parceiros, a reitora em exercício da Unama, professora Betânia Fidalgo, propôs que cada instituição faça uma apresentação de seu trabalho no âmbito da graduação e da pós-graduação. “É importante conhecermos melhor o que cada um faz até para encontrarmos essas interfaces de trabalho”, disse.
Outra sugestão apresentada foi a do vice-reitor do Cesupa, professor Sérgio Mendes, sobre a retomada de publicações de matérias sobre o trabalho acadêmico das instituições em jornal de grande circulação no Estado. O Ciência em Ação – publicação feita todas as segundas-feiras pelo Diário do Pará - foi uma experiência bem sucedida, destinada à divulgação de projetos de ensino, pesquisa e extensão das IES que participavam do Protocolo, encerrado em 2015.
Integrando o Protocolo desde a primeira assinatura, o representante do Cesupa, Sérgio Mendes, fez um balanço positivo dos resultados alcançados a partir da cooperação. “Quando fazemos ações em regime de cooperação, tudo sai melhor. Isso aconteceu com programas de pós-graduação, na época em que os Minters e os Dinters estavam sendo muito estimulados pela Capes. Aconteceu em fóruns específicos para discutir ensino de graduação; com as ações de extensão como o Igarapé Mata Fome, que foi um aprendizado para todos nós. Além de ações da pesquisa que frutificaram e fortaleceram com este Protocolo e não custa lembrar a importância política que esse fórum tem. Recebemos os ministros da educação e da ciência e tecnologia, que acenou para um acordo que deu origem à rede Metrobel. Isso significou para todas as instituições um crescimento e um avanço na infraestrutura tecnológica que não conhecíamos antes”, declarou.
Para o diretor do Museu Emílio Goeldi, Nilson Gabas Júnior, que participa do acordo de cooperação pela primeira vez, não há em outros estados um nível de aliança estratégica como a formada dentro deste acordo. “Isso permite que as instituições integrantes do sistema paraense de ensino, pesquisa e extensão façam, de maneira unificada, o levantamento das suas necessidades, e estabeleçam não apenas parceria, mas a busca pela melhoria no desenvolvimento científico, tecnológico, educacional e de extensão no estado do Pará”, destacou.
A reunião de assinatura do Protocolo de Cooperação também contou com a presença da reitora da Ufopa, Raimunda Nonata Monteiro; o reitor da Unifesspa, Maurílio Monteiro; o chefe da Embrapa, Adriano Venturieri; o vice-reitor da Uepa, Clay Chagas; o diretor do IEC, Pedro Vasconcelos; e o reitor do IFPA, Cláudio Alex da Rocha.
Fórum
O Protocolo constitui-se de um fórum composto pelos representantes titulares de cada instituição participante. Tem vigência de cinco anos, prorrogáveis. Para esta gestão, foram escolhidos como presidente e vice-presidente do Fórum o reitor da UFPA Emmanuel Tourinho e o vice-reitor do Cesupa, Sérgios Mendes, respectivamente.
Como encaminhamento, os integrantes do Protocolo definiram a realização de reuniões a cada dois meses. A próxima foi marcada para o dia 8 de agosto, no Campus da UFPA em Belém, quando serão discutidas as primeiras ações conjuntas. Já o segundo encontro ocorrerá no dia 30 de outubro, no Campus da UFOPA, em Santarém. A reunião de dezembro será definida no próximo encontro.
Texto: Ascom/UFPA e Ascom/Uepa
Fotos: Nailana Thiely