Núcleo de Formação Indígena prepara aulas de julho

Enviado por Dayane Baía em Ter, 27/06/2017 - 16:23

Acadêmicos das turmas de Licenciatura Intercultural Indígena retomarão as aulas no mês de julho. As graduações ocorrem em períodos intensivos específicos ao longo do ano: janeiro e fevereiro e julho, além das atividades intermediárias em maio e setembro. Para que eles consigam se distanciar das múltiplas aldeias e se concentrar nos estudos, há toda uma logística por trás, envolvendo organismos de diversos municípios paraenses.

Enquanto a Universidade do Estado do Pará (Uepa) viabiliza o material didático e o corpo docente, as secretarias municipais de educação promovem deslocamento dos alunos das comunidades para as sedes, além de conceder alimentação e hospedagem. Para garantir o funcionamento das turmas, as instituições estabelecem entre si um termo de cooperação técnica, uma vez que as áreas que integram as comunidades vão além dos limites territoriais das cidades. Esse é o caso da turma Kayapó, única em curso vinculada ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), que tem envolve alunos de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Pau D’Arco e Cumaru do Norte.

Com esse intuito, foi realizada no último dia 23 de junho, uma reunião com a Secretária de Educação de São Félix do Xingu, Viviane Martins da Silva, para encaminhamentos pedagógicos da turma. “É importante esse diálogo para que o projeto de formação seja pensado por todos os envolvidos, pois muitos Kayapó são professores indígenas do município. Além do suporte para os alunos chegarem ao espaço das aulas e eles proporcionam outras atividades, como o reforço de língua portuguesa para que os alunos acompanhem do conteúdo da graduação”, afirmou Joelma Alencar, coordenadora do Núcleo de Formação Indígena da Uepa.

Além da turma Kayapó, outras cinco turmas se preparam para as aulas nos próximos dias: Assurini do Trocará, de Tucuruí; Tapajós-Arapium de Caruci, de Santarém; Tembé de Gurupi, de Paragominas; e duas turmas de Munduruku do Alto Tapajós, de Jacareacanga. Ao todo, são 179 acadêmicos de origem indígena que estão sendo preparados para lecionar em escolas de ensino fundamental e médio em suas comunidades.

 

 

Texto: Dayane Baía

Fotos: Nailana Thiely