A Universidade do Estado do Pará (Uepa) se comprometeu com a criação do Observatório Paraense de Informações sobre Drogas. O projeto, criado pelo Conselho Estadual sobre Drogas (Coned) foi abraçado pelo reitor Rubens Cardoso, que será responsável por aprensentá-lo ao Protocolo de Reitores durante sua próxima reunião. Se aprovado, o Observatório poderá gerar pesquisas e dados sólidos que pautarão as políticas públicas na prevenção e combate do consumo de drogas ilícitas no Pará.O reitor recebeu na manhã de ontem (27) o presidente do Coned, major Daniel Ribeiro; os professores Delmo Oliveira e Marize Duarte; o coordenador do Núcleo de Projetos do Propaz, Antônio Neto; e o pró-reitor de Gestão e Planejamento, Carlos Capela, para uma conversa inicial sobre a criação do Observatório. Além dos presentes, o projeto tem entre seus apoiadores diversas secretarias do Estado, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA), os Conselhos de Medicina, Psicologia e Enfermagem e as Polícias Civil e Militar.
O projeto tem como objetivo principal fomentar a realização de estudos e pesquisas com vista à inovação de métodos e programas de redução de demanda, oferta, danos sociais e à saúde causados pelo consumo de entorpecentes. Por isso, o primeiro passo escolhido pelo Coned foi buscar a Uepa. “O projeto existe desde 2015 e já foi aprovado pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Quando assumi, este ano, o encarei como algo que precisava sair do papel e que poderia ser muito útil no nosso trabalho”, explicou o major Daniel.
A proposta também agradou ao reitor, que imediatamente citou o recém-reativado Protocolo de Reitores – do qual a Uepa participa juntamente com todas as grandes Instituições de Ensino Superior (IES) do Pará, públicas e privadas. “Com a inclusão de todas as IES, a cobertura do Observatório se estende drasticamente. Dados que precisariam de logística para ser levantados em certos municípios passam a estar disponíveis em tempo real. Além de contarmos com uma rede bem maior de profissionais, que podem desenvolver um trabalho ainda mais significativo para a sociedade”, avaliou Cardoso.
O gestor será o responsável pela articulação da criação do Observatório e prometeu apresentar o projeto na próxima reunião do Protocolo, prevista para agosto. Caso aprovado, o Observatório representará um marco inédito no Pará, possibilitando um poder estratégico importante para os atores do campo da prevenção, repressão e recuperação de danos causados pelas drogas no Pará. “Com o envolvimento da Academia, teremos dados concretos, fruto de pesquisas, para decidir nossas políticas. Todos estão muito confiantes na criação desta nova ferramenta”, concluiu Daniel.
Texto: Fernanda Martins
Foto: Nailana Thiely