Uepa implementa fibra óptica nos campi

Enviado por Daniel Leite em Seg, 03/02/2020 - 11:47
Criada em 1927 pelo físico indiano Narinder Singh Kapany, a fibra óptica realiza a transmissão de dados através da refração da luz. Por não sofrerem interferência eletromagnética devido ao caráter isolante do material, essa tecnologia vem ao longo dos anos substituindo os fios de cobre, principalmente, no campo das telecomunicações, assim como em outras áreas.
 
No ambiente educacional, a transmissão de dados é primordial para a difusão do conhecimento e quando se trata de uma instituição multicampi, como é o caso da Universidade do Estado do Pará (Uepa), essa tecnologia se torna uma ferramenta fundamental no processo de integração do ensino, da pesquisa e da gestão, em função do maior grau de autonomia possibilitado por essa tecnologia em convergência com o uso da plataforma do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) posto em prática, recentemente, na rede da instituição.
 
Em 2020, por exemplo, as matrículas já foram realizadas pelos alunos regulares por meio do SIGAA, assim como, também, processos documentais já fazem parte da rotina de discentes, docentes e servidores da Uepa, configurando, dessa forma, uma possibilidade de expansão do potencial dos cursos de Educação à Distância (EAD) da instituição.
 
Mas, esse cenário só foi possível graças a uma força tarefa realizada pela Diretoria de Serviços de Processamento de Dados (DSPD) da Uepa, em parceria com a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Pará (Prodepa) e o Ponto de Presença da RNP no Pará (PoP-PA). “Um grande desafio foi propor uma topologia de rede que atendesse à realidade da Universidade e interconectassem as redes da Uepa, as do Estado pela Prodepa e as metropolitanas acadêmicas na capital e no interior”, comenta o analista de Infraestrutura Computacional da DSPD, Alexsander Núñez.
 
Todos os campi com fibra óptica implantada, também, passaram por uma modificação do serviço de link de internet para transporte de dados, aumentando a banda de 10 para 50, e agora em 100 Mbps nos campi de Paragominas, Tucuruí, São Miguel do Guamá, Vigia, Barcarena, Bragança e Cametá. Em 2020, a previsão é que seja concluída a implementação no campus de Salvaterra, que será o décimo fora da capital a ser ligado no Navega Pará.
 
Apesar de já possuir acesso regular à internet, ainda não há fibra óptica apenas nos campi de Moju e Igarapé-Açu, entretanto, a previsão é que essa tecnologia seja implantada ainda em breve, por já haver alternativas com instituições privadas por meio de negociação que está em andamento. “Do ponto de vista técnico, não há mais nenhum empecilho para a chegada da fibra ótica nesses locais”, comentou o diretor da DSPD, Ítalo Di Paolo. Redenção e Conceição do Araguaia já são atendidos em fibra ótica por empresas particulares, mas ainda em negociação para melhoria de qualidade no serviço.
 
Após a finalização desse processo a Uepa passará a ser o provedor de acesso oficial com a Internet para os campi ligados no Navega Pará, e não mais a Prodepa, que muda o seu papel para provedor de recursos tecnológicos para interconexão dos campi da Uepa nos municípios com a Reitoria, na Capital, além de outros recursos necessários às ações administrativas da Uepa.
 
Atualmente, todos os campi da Uepa estão com o acesso regular à internet. Dentre os 17 municípios onde a instituição está presente, 15 (88,24%) já estão conectados em fibra óptica, sendo nove destes pelo Navega Pará – programa de inclusão digital do Governo do Pará – e os restantes com contratação de empresas privadas e ainda com parceria do Governo Federal via Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) com as Redes Metropolitas de Belém, Castanhal, Altamira, Marabá e Santarém.
 
Balanço - Entre 2017 e 2019, houve implantações de fibra óptica nos campi e departamentos da Uepa em Belém, entre eles, o Planetário, o Almoxarifado, o Arquivo Central, a Editora e o Instituto Confúcio. Já nos municípios onde a Universidade atua, além de Tucuruí, Paragominas, São Miguel do Guamá e Vigia de Nazaré, recentemente, foram inclusos Bragança e Cametá, que teve a banda ampliada por meio da nova tecnologia de transporte de dados. “A maior dificuldade durante esse processo foi lidar com as características de cada município. Cada local que há um campus ou unidade da Uepa tem suas peculiaridades técnicas que precisam ser respeitadas nesse processo de implantação da fibra óptica”, afirma o diretor da DSPD, Ítalo Di Paolo.
 

 

Texto: Daniel Leite Jr
Fotos: Nailana Thiely