O curso de Licenciatura Intercultural Indígena é ofertado desde 2012 e visa formar professores em turmas unicamente formadas por indígenas, tanto no Pará, quanto em âmbito nacional.
Os Povos Indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é a que concentra o maior número de indivíduos, 305.873 mil. Atualmente, a população indígena brasileira é de 817.963. Em 2012, a partir das demandas das próprias comunidades indígenas, por meio de uma articulação política com o Ministério Público do Estado do Pará (MPE), a Universidade do Estado do Pará (Uepa) criou o curso de Licenciatura Intercultural Indígena.
O curso visa formar professores em turmas unicamente formadas por indígenas, tanto no Pará, quanto em âmbito nacional. A Uepa é a única instituição do estado a investir nessa formação. A Licenciatura iniciou com três turmas. No ano seguinte, duas turmas foram formadas. Para esse ano espera-se que três turmas sejam abertas.
No início do ano de 2014, o curso foi avaliado e reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação do Pará (CEE). Na avaliação considerou-se infraestrutura, qualificação e o perfil dos docentes, além dos componentes curriculares. O objetivo da Universidade sempre foi responder as necessidades de todos os povos, visando sempre a qualidade no ensino.
A Licenciatura é ofertada em São Miguel do Guamá, para a etnia Tembé; em Marabá, para os Gavião e, na Aldeia Sororó, para os Suruí Aikewara; em Santarém, no território étnico-educacional Tapajós Arapiuns; e em Oriximiná para a etnia Wai-wai.
Texto: Alberto Dergan