Campi estão preparados para retomada das aulas

Enviado por Daniel Leite em Qua, 23/09/2020 - 17:36
 
Por já estar desenvolvendo vistoria em todos os campi da Instituição, e apoiada no Decreto Estadual 800/2020, a Universidade do Estado do Pará (Uepa), decidiu retornar às aulas nesta semana, após a criação de protocolos de segurança e adaptação dos espaços físicos. As atividades serão em formato híbrido e permitirão interações presenciais e não presenciais.
 
A adaptação dos espaços é fruto de dois meses de vistoria nos campi da Universidade, tanto os da Região Metropolitana de Belém, quanto os dos 16 municípios do Estado, em que a Instituição está instalada. “Após as visitas e as novas orientações para correção, os campi da Universidade estiveram aptos para fazer as adaptações de acordo com as recomendações do Comitê e assim estarem preparados para o retorno das atividades acadêmicas nesse ritmo de ensino híbrido”, afirmou o coordenador do Comitê de Biossegurança e Infraestrutura da Uepa, Pedro Vasconcelos.
 
Algumas das adaptações necessárias a todos os campi e que fazem parte do protocolo de segurança foram às instalações de pias para higienização, assim como, totens com álcool em gel, toalhas descartáveis, substituição das lixeiras manuais para lixeiras com pedais, distribuição de máscaras de proteção e tubos individuais de álcool em gel para comunidade acadêmica e funcionários terceirizados, além da demarcação de distanciamento de 1,5 metros nas salas de aula, banheiros, auditórios, bibliotecas e espaços de convivência, onde há o trânsito de pessoas, e distribuição de placas de orientação e cuidados preventivos contra o novo Coronavírus.
 
“As adaptações são cruciais e determinarão a segurança do convívio em cada campus. Caberá a nós, comunidade acadêmica, respeitarmos todas as medidas e nos conscientizarmos da importância delas para manutenção do bem estar e prevenção contra a Covid-19. Sendo assim, o campus de Marabá está preparado para esse momento com a participação dos servidores e representação dos acadêmicos de cada turma, e estaremos atentos às inconformidades que surgirem ao longo desse processo de retorno”, comentou o coordenador do Campus VIII, no município de Marabá, Javan Mota.
 
Outras ações de segurança - Além das ações de segurança protocolares, organizadas e colocadas pelo Comitê de Biossegurança e Infraestrutura, alguns campi acrescentaram mais atividades em prol da segurança da comunidade acadêmica, como observado na instalação de tapetes para higienização dos pés, no portão de entrada do Campus XVIII, em Cametá, ou como visto no Campus VI, em Paragominas, que disponibilizou termômetros digitais para medição de temperatura.
 
“A gente quer que a informação disponibilizada junto às adaptações realizadas dentro da Universidade possam sensibilizar nossos discentes e que eles passem a contribuir, também, para que não haja contaminação por meio de aglomerações desnecessárias e que possam gerar a contaminação pelo vírus. Então, de maneira geral, acho que essas adaptações nos espaços da Universidade, a partir dos protocolos de segurança do Comitê de Biossegurança e Infraestrutura da Uepa, principalmente, a questão de sinalização, demarcação de espaços e placas informativas, foram muito positivas para darmos os primeiros passos em direção ao retorno das atividades do nosso calendário acadêmico”, ponderou o coordenador do Campus de Paragominas, Nelivelton Gomes.
 
Retorno Híbrido - O retorno das atividades acadêmicas vai seguir um ritmo semipresencial. E, para isso, o Comitê de Biossegurança definiu ações de segurança protocolares visando reduzir os riscos para toda a comunidade acadêmica, em especial para os discentes, que são os mais afetados nesse processo. 
 
O retorno também garante a continuidade do calendário acadêmico e o ingresso de novos alunos. “A volta das aulas neste momento  é necessária, pois devemos ter a consciência que muitas pessoas precisam formar para se inserir no mercado de trabalho, pois necessitam de emprego e renda como, por exemplo, em Cametá que temos estudantes que estão necessitando trabalhar para ajudar sua família, que em decorrência da pandemia, os pais ficaram sem emprego. Além disso, temos que pensar nas pessoas que estão fazendo cursinho, estudando dia e noite para realizarem um sonho de melhorar de vida, e que podem ser prejudicados caso não ocorra o vestibular na nossa instituição e eles estão esperando  o nosso vestibular para ingressar em uma Universidade pública e de qualidade”, disse.
 
Conforme aprovado pelo Consun, caberá aos três  Centros de Ciências e 18 campi promoverem estratégias para o acolhimento discente e da comunidade acadêmica em geral, com base nas medidas do Protocolo de Biossegurança da Universidade. “O CCBS está voltando em um contexto de trás para frente, pois nós estamos dando prioridade à próxima turma de colandos. Então, nós estamos seguindo com os problemas esperados e os que vão aparecendo, a gente vai tentando contornar e assim nós estamos voltando e assim nós esperamos seguir. E as colações, como agora já foram liberadas para duzentas pessoas, provavelmente daqui para o final do ano iremos conseguir fazer. Talvez não com a mesma circunstância do ano passado, mas já vai dar para contentar, não só os discentes como as famílias”, explicou a diretora do Centro, Vera Palácios.
   
Para os alunos que estão na reta final do curso, a expectativa é retornar com segurança e concluir trabalhos e disciplinas restantes. “Dentro do campus houve a preocupação de adaptação frente à pandemia, álcool em gel e pias disseminadas, além da desinfecção e limpeza de superfícies com hipoclorito, todas atividades extremamente necessárias para a volta das aulas e todos os alunos que eu conheço estão ansiosos para a normalidade, já que os casos confirmados de Covid estão diminuindo”, falou o discente do nono semestre da graduação em Medicina no CCBS, Daniel Kahwage.
 

Texto: Daniel Leite Jr
Fotos: Coordenação dos Campus II / VI / VIII / XVIII