Estão abertas as inscrições on-line e gratuitas para o IV Seminário de Bioantropologia, realizado pelo Grupo de Pesquisa e Estudos em Bioantropologia (GEB) da Universidade do Estado do Pará (Uepa). A quarta edição do evento tem como tema Bioantropologia, Mudanças Climáticas e Ambientais: Adversidades e Soluções para a Amazônia no Contexto da Pandemia e será transmitido pelo canal do GEB na plataforma YouTube, no dia 30 de setembro.
O seminário terá duas lives, uma de 8h às 10h e outra de 10h às 12h, com cinco convidados em cada horário. Essa edição especial do evento será aberta ao público, mas quem quiser receber o certificado de oito horas de participação, deverá pagar uma taxa de R$10,00. Entre os temas a serem discutidas, estão questões sobre mudanças climáticas, desmatamento no Pará e na Amazônia, antropologia forense, saúde e doença de populações vulneráveis, indígenas e ribeirinhas. De acordo com a organização do seminário, o público esperado inclui diversos níveis de formação, desde estudantes do Ensino Médio até pós-graduandos, além de professores e demais profissionais das diversas áreas do conhecimento e de pessoas em geral, que tenham interesse pelos assuntos abordados.
A professora Ariana da Silva, integrante do GEB e da coordenação do seminário, explica que “os estudos sobre Bioantropologia são essenciais por serem uma nova área de pesquisa na Amazônia”. Sobre a temática desta quarta edição, ela afirma que “a sociedade brasileira tem enfrentado muitas dificuldades no cenário político atual, neste contexto da pandemia de COVID-19, assim como na questão da devastação acelerada dos nossos biomas e, de forma peculiar, na região Norte ou amazônica, situação que precisa ser debatida em caráter de urgência”.
Populações vulneráveis
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a pandemia da Covid-19 é a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, uma das abordagens durante o seminário discutirá que a pandemia do novo coronavírus não atinge todas as pessoas da mesma maneira. Professor Hilton Pereira da Silva, coordenador do Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente (LEBIOS), um dos palestrantes convidados, vai explicar como e por que razão as populações vulneráveis, por questões sociais, econômicas e políticas, bem como os grupos indígenas, quilombolas, a população de rua, os encarcerados, as pessoas LGBTQIA+ e os imigrantes estão mais propícias a sofrerem com os impactos da crise de maneira mais acentuada.
Segundo o professor Hilton, “os grupos mais vulnerabilizados já são afetados por diversas doenças e a pandemia é um fator agravante que precisa de atenção especial para que elas não continuem a sofrer desproporcionalmente os resultados das iniquidades sociais. Ele explica como o assunto será tratado na programação do seminário: “usaremos abordagens científicas para entender como as questões sociais, econômicas e históricas, que originaram esses grupos impactam na sua saúde até hoje. Este seminário pretende mostrar como a Bioantropologia lida com diversos problemas, buscando apresentar respostas cientificamente válidas para a população".
Serviço
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Texto e foto: Rebeca Costa (Ascom Uepa)