A Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Núcleo de Projetos, Inovação e Empreendedorismo (NPIE), Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT) e da Rede de Incubadoras de Tecnologia (RITU), realizou nos dias 4,5 e 8 deste mês, rodas de conversa para divulgar o Edital 008/2021, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), referente a investimentos em Startups ou projetos de inovação na área da tecnologia. Todos os encontros foram transmitidos ao vivo no canal do Youtube da Uepa.
Segundo a coordenadora do NPIE e também do Campus XVIII, no município de Cametá, Natácia da Silva, o objetivo da ação na Universidade é mobilizar os professores, alunos de graduação, pós-graduação e técnicos dos três Centros de Ciências, além dos campi do interior, a mandarem projetos para o Edital. “A parceria da Uepa no processo de sociabilização do Edital por meio de instruções informativas, assim como, também, para tirar dúvidas é de grande valor para o diálogo do ambiente acadêmico com o empreendedorismo”, disse.
As lives contaram com a participação da gestão superior da Uepa, docentes, discentes e técnicos, além da coordenadora do programa Startup Pará da Sectet, Maria Trindade, que divulgou o Edital e tirou as dúvidas demandadas pelo público. Segundo a representante da Secretaria, o apoio da instituição veio a somar com o processo de entendimento da seleção, além de ser um espaço científico que pode dialogar com o Edital. “Nós, na Secretaria, ficamos muito feliz com o convite do NPIE, por meio da professora Natácia, pois visualizamos que a Uepa, por ser um espaço de produção de conhecimento, é um lugar que ferve de ideias e projetos. Então estar aqui para conversar sobre esse Edital inovador é muito importante para o processo de estimular as pessoas a se inscreverem”, afirmou.
Para o monitor e discente do sexto semestre do curso de Comércio Exterior da Uepa, Anderson Brito, a Universidade proporcionar um momento para estimular seu colegiado docente e discente a dialogar com os editais de empreendedorismo tecnológico é um caminho para encontrar soluções para os problemas da região amazônica por meio dos projetos. “Nosso estado precisa de empreendedorismo, ainda mais agora que ficou claro na COP26 as prioridades mundiais em relação à sustentabilidade e energia limpa, portanto, o cruzamento de especialidades habilita muitas ideias a se tornarem realidade, além de que por meio das lives o público pode sanar dúvidas e entender melhor o funcionamento do edital”, comentou.
Edital irá selecionar propostas inovadoras
As inscrições para a segunda chamada, lançada no mês de outubro, ficam abertas até o dia 10 de dezembro. O apoio financeiro do Edital será no valor de R$ 7.200.000,00 e a expectativa é selecionar 40 propostas na Modalidade Novos Negócios (ideação), que envolvam inovação com capitalização de R$ 80mil, e outras 20 na Modalidade Aceleração (empresa), que integrem soluções de base tecnológicas no valor de R$ 200mil.
A seleção pública tem como foco as seguintes áreas temáticas: Educação; Energia; Mineração; Saúde e qualidade de vida do cidadão; Govtech (Inovação na Administração Pública); Agrotech, com destaque para Agroindústria e Piscicultura; Biotecnologia; Tecnologia da Informação e Comunicação; e Inteligência Artificial e Logística.
As propostas selecionadas irão receber, de forma gratuita e de acordo com as etapas e obrigações previstas no Edital, atividades de capacitação, mentoria e acompanhamento do negócio, promovidas por uma empresa aceleradora, que possui atuação nacional e que será escolhida também por meio de edital.
As Startups interessadas vão passar por três etapas: enquadramento, seleção e execução do programa. Na última etapa, restarão 80 Startups, as quais passarão por uma avaliação e as 60 propostas classificadas terão a possibilidade de receber apoio financeiro.
O edital é uma iniciativa do Governo do Estado do Pará, a partir da Sectet, da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e da Secretaria de Planejamento e Administração (Seplad), com apoio técnico da Fundação Guamá. O objetivo desta política pública é apoiar projetos, ainda que em fase de ideação, voltados à criação e implementação de soluções, métodos e processos de base tecnológica, que explorem a inovação e a cultura empreendedora como instrumento estratégico para contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado.
Sobre o conceito de Startup
Uma Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Corresponde a um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente. Sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o modelo de negócio denominado “Startup” começou durante os anos de 1996 e 2001 e, apesar de usado nos Estados Unidos há várias décadas, somente recentemente, o termo começou a ser usado na América Latina.
"De fato, Startup é um termo que está na moda e empreender virou o sonho de muita gente, tanto no Brasil quanto fora dele. Um erro comum que permeia a definição de Startups é se elas são somente empresas de Internet. Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na Internet porque é bem mais barato e facilmente propagável criar uma empresa on-line do que uma de baseada nos modelos econômicos tradicionais", explicou Maria Trindade.
Texto: Daniel Leite Jr (Ascom Uepa)
Fotos: Daniel Leite Jr e Marília Jardim (Ascom Uepa)