Para aumentar a receita e a produção de empreendimentos familiares, estudantes do curso de Engenharia de Produção da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no campus de Castanhal, criaram o projeto ConsulAgroTech, que consiste no uso de drones para o monitorar a safra e auxiliar as tomadas de decisões de manejo com embasamento técnico e tecnológico, desde o plantio até a colheita. A iniciativa venceu a Jornada de Inovação promovida pela Associação Wylinka em parceria com a Fundação Cargill. Como prêmio, a equipe ganhou acompanhamento para desenvolver o projeto da startup, com mentorias da Wylinka, da Onisafra, da Tambaqui Valley e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
O desafio da Jornada era criar projetos inovadores que tivessem objetivo de resolver determinados problemas relacionados à segurança alimentar na Amazônia. Participaram da competição quatro equipes, de cursos e instituições diversas. Emília Andrade, Giovanna Moreira, Nyna Ueoka, Joanna Silva e Alan Oliveira, que constituíram a equipe da Uepa, cursam ainda o primeiro semestre de Engenharia de Produção. Giovanna Moreira afirma que "o interessante de construir um projeto desse tipo logo no início da graduação é a construção de uma bagagem sólida de experiência, durante o curso".
Para Alan Oliveira, a possibilidade de criar uma própria startup, com o auxílio de profissionais dedicados a ajudar estudantes universitários a ingressarem no mundo do empreendedorismo foi a principal motivação para participar da Jornada. "Sempre tive aptidão para o meio empreendedor e aspirava, ansiosamente, para que um evento como esse, surgisse na minha vida acadêmica", afirma o estudante.
De acordo com a proposta apresentada, o projeto visa ser uma ponte entre a agricultura de precisão, já utilizada no agronegócio, e produtores familiares que não tenham acesso a esse recurso. "Nossa meta seria alcançar parcerias público/privadas, interessadas em incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar no país, para subsidiar o projeto e fomentar essa nova forma de manejo e produção. Dessa maneira, acreditamos que contribuiria para garantir a segurança de fornecimento de alimentos básicos na mesa do brasileiro", explica Emília Andrade.
A partir da startup a equipe pretende comprar tecnologia e revender de forma acessível aos pequenos produtores, sendo uma ponte para a implementação da agricultura 4.0 na agricultura familiar. Desse modo, a ConsulAgroTech funcionaria como uma espécie de clube de compra de assistência técnica e tecnológica, com o uso de drones para uso de associações rurais ou de forma individual.
Na avaliação da equipe, o atrativo do projeto é a promessa de aumento de produção e consequentemente de receita, com mudanças assertivas na cadeia de produção diminuindo gastos e eliminando ao máximo desperdícios.
Foto: Acervo da equipe