Filho de médicos, que atualmente se dedicam exclusivamente ao atendimento à saúde pública e ao ensino público, Lucas Correa Modesto, recebeu hoje, 23, a Medalha Fernando Guilhon, criada em dezembro de 1991, por meio da Lei Estadual nº 5.704, com o objetivo de reconhecer o estudante melhor classificado no listão do Processo Seletivo (Prosel) da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
Calouro do curso de Medicina, Lucas obteve a nota 907,39 na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, o que assegurou a aprovação dele no curso desejado também em outras instituições. E a escolha dele pela Uepa foi parabenizada pelo reitor Clay Chagas, durante a cerimônia de entrega da comenda. Lucas afirma que optou por cursar Medicina na Uepa, após realizar uma análise do projeto pedagógico e da estrutura do curso ofertado na universidade. “Eu gosto muito da proposta do curso, que trabalha com as metodologias ativas e possibilita aos estudantes o contato com os problemas práticos que os médicos enfrentam na realidade, sem ter de esperar os últimos anos de formação para ter essa experiência”, explicou.
“Você vai perceber que o fato de ter sido o primeiro colocado do Processo Seletivo vai acompanhar a sua trajetória na Uepa, porque você vai ser apontado como ‘Lucas, o primeiro lugar’. Isso é muito bom, mas também tem um peso grande, cuide para que isso não o atrapalhe. Continue sendo esse estudante dedicado, mas não se esqueça de aproveitar a vida também”, aconselhou professor Clay Chagas. Na solenidade de entrega da medalha, realizada na abertura da 254ª reunião do Conselho Universitário. A professora Ilma Pastana, vice-reitora, relembrou a ocasião em que uma comitiva da gestão superior foi parabenizar Lucas pessoalmente, na residência da família, quando o resultado do Prosel 2022 foi divulgado. “Para minha surpresa, quando chegamos à casa do Lucas, descobri que os pais eram antigos colegas de trabalho do Hospital Universitário Barros Barreto”, afirmou.
A mãe do estudante, Márcia Vasconcelos, é pneumologista e intensivista, e afirma que uma das coisas que interferiu na decisão do filho pela área da saúde, foi “a realidade da população da nossa região, que sofre muito com a falta de assistência”. Já o pai, Alessandre Modesto, ressalta que teve várias conversas com o filho para deixá-lo bem livre a outras escolhas de formação profissional e que a decisão de Lucas, reiteradamente, era pela Medicina.
A percepção que Lucas demonstra sobre a Medicina, revela uma perspectiva mais ampla, que envolve várias áreas de atuação, desde a bioestatística até o atendimento clínico. E apesar de reconhecer que “tem um peso para o nome da pessoa ser médico”, na avaliação dele, “o principal foco do médico deve ser a qualidade do atendimento que ele presta às pessoas”. Dentro da amplitude de possibilidades que enxerga na área médica, o planejamento inicial de Lucas é de se tornar cirurgião cardiovascular. “Mas, é claro que isso pode mudar ao longo do curso”, considera.
Texto: Guaciara Freitas (Ascom Uepa)
Fotos: Márcio Dias (Ascom Uepa)