Eduepa lança e-book sobre ISTs com tradução em libras

Enviado por Monique Hadad em Sex, 14/10/2022 - 10:30

 

A acessibilidade é imprescindível para promover a inclusão e assegurar os direitos das pessoas surdas na área da saúde. Considerando essa relevância, a Editora da Universidade do Estado do Pará (Eduepa) lançou o e-book ISTs: Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicação gratuita voltada à população surda, que inclui conteúdo em imagens, textos e links de vídeos com acessibilidade para usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

 

A cartilha digital foi produzida com o apoio do Núcleo de Acessibilidade, Educação e Saúde (Naes), do campus VIII da Uepa, em Marabá. Com o auxílio de pessoas surdas, que validaram a utilização do livro digital, dez profissionais do Núcleo estiveram envolvidos no projeto, que teve como referência conteúdos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).

 

Entre as ISTs abordadas no livro, estão cancro mole, clamídia, gonorréia, sífilis, candidíase, HIV/AIDS, entre outras. São detalhadas as formas de transmissão e os sintomas, além de orientações preventivas. O e-book pode ser utilizado como material didático, em sala de aula do ensino comum e no Atendimento Educacional Especializado (AEE). 

 

A professora Ana Pimentel e o professor surdo Hugo Freires são os autores. A ideia de elaborar o material surgiu em 2017, enquanto os docentes cursavam a graduação. Ambos fizeram parte da primeira turma de licenciatura em Letras Libras, do campus da Uepa de Marabá. “Percebemos a necessidade na área da saúde, por ocasião do projeto Tarde em Libras, que tem o objetivo de informar temáticas relevantes à comunidade surda”, comentou Ana.

 

Conforme a autora, materiais didáticos como esse são fundamentais para o conhecimento e o desenvolvimento da pessoa surda. “O e-book contribui de forma informativa e ativa na educação inclusiva. É de suma importância abordar a saúde e, principalmente, a educação sexual da pessoa surda, visto que existem poucas informações em Língua Brasileira de Sinais na área e pela falta de comunicação dentro da família”, destacou.

 

Nas considerações finais, a publicação reforça que as informações sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis devem fazer parte da vida das pessoas surdas. “Há a necessidade de informá-las e orientá-las, pois merecem uma vida saudável, livre do risco de contágio de ISTs durante sua vida sexual”.

 

Texto e foto: Monique Hadad (Ascom Uepa)