O espaço de convivência do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) recebe desde a manhã desta quinta-feira, 26 de abril, a II Edição da Feira da Reforma Agrária do Movimento Sem Terra (MST). O evento oferece à comunidade acadêmica e externa produtos de qualidade, como frutas, verduras, comidas típicas e legumes livres de agrotóxicos. Além de um debate sobre a atual importância da reforma agrária nos campos econômico, político, social e cultural.
A feira iniciou as vendas por volta das 8h30 da manhã. A dona de casa e moradora dos arredores da Universidade, Rosana Maciel, foi uma das primeiras a chegar ao espaço, ela tomou conhecimento por meio dos estudantes que realizaram panfletagem no dia anterior convidando os moradores a participar. “É uma iniciativa muito legal, cheguei cedo para adquirir os produtos, o diferencial é que vem direto do produtor e isso passa confiança para a gente”, afirmou ela.
Maniçoba, bolo de milho, cacau, farinha de tapioca e mandioca, e pupunha foram alguns dos produtos oferecidos pela feirante Noémia Ramos. Todos são produzidos no assentamento Abril Vermelho localizado em Santa Bárbara, Região Metropolitana de Belém. Foi a primeira vez ela participou da programação na Uepa e aprovou a iniciativa. “Isso é muito bom para a gente. Já tivemos em outros lugares como no Pau d’arco, em São Braz e agora foi a primeira vez aqui. Todos os produtos são fabricados por nós mesmos e sempre conseguimos vender bastante”, contou a feirante.
A professora do CCSE, Lourdes Santos, que não tem muito tempo para ir a feiras normalmente, aproveitou todos os produtos. “Estou na correria e vim logo comprar várias coisas. Isso é uma forma de consumir produtos saudáveis, trazer a comunidade para a Universidade e promover uma cooperação mútua. Além de a gente poder consumir produtos frescos e perto de nós”, avaliou a professora.
Além da Feira, o Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais Educação e Cidadania na Amazônia (Gmseca) que foi o responsável pela organização da programação, realizou a VI Jornada Universitária, promovendo um debate sobre a importância da Reforma Agrária no Auditório da Reitoria. Ocupar, Resistir e Produzir foi o tema principal da discussão. Discutir as atuais questões agrárias e possibilitar à comunidade acadêmica, às entidades da sociedade civil e ao público em geral o debate acerca do processo de luta e da busca da igualdade social do campo.
Texto: Rachel Oliveira
Foto: Nailana Thiely