O Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais, Educação e Cidadania na Amazônia (Gmseca) e o Grupo Estudo e Pesquisa Social (Gepes) da Universidade do estado do Pará (Uepa), em parceria com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH), promovem nesta sexta-feira, 27, a roda de conversa “Migrações, Interculturalidade e Direitos Humanos”. O evento ocorre no auditório Paulo Freire do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) – na travessa Djalma Dutra, s/n -, das 14h30 às 19h e é aberto a todos os interessados.
O objetivo principal da roda de conversa é promover às comunidades, acadêmica e externa, o debate acerca da situação atual das políticas migratórias, nos campos econômico, político, social e cultural, em curso no país. A reflexão sobre os sentidos e significados da participação popular, tendo em vista a compreensão de sua dinâmica e formas de acolhimento social também será tópico das discussões.
Os estudos sobre migrações retornaram a agenda dos agentes governamentais e dos pesquisadores em tempos recentes. Para os Grupos de Pesquisa, mais do que antes, os governos estão sendo demandados a incluir as migrações nas políticas públicas. Do ponto de vista mundial, a atitude de intolerância aos imigrantes tem mobilizado setores conservadores, que atacam os cidadãos estrangeiros e defensores dos direitos humanos, que prestam solidariedade aos migrantes e refugiados.
Milhares de cidadãos em todo mundo buscam socorro, fugidos de guerras e da fome, das perseguições religiosas e da crise ambiental, mas em muitos países não encontram ajuda e são acusados de retirarem empregos. Geralmente, estas pessoas ficam alojadas em tendas sem nenhuma condição humana e, assim, segregados e excluídos muitos são constrangidos ao tráfico humano.
Do ponto de vista interno as migrações também se acentuam, os amazônidas, em particular, têm visto seus índices de migração aumentarem significativamente. Por isso, o debate sobre Memória e História dos Migrantes e Movimentos Sociais em Belém-PA é imprescindível para a compreensão do fenômeno migratório. A conversa pode ser ainda um instrumento para capacitação dos vários movimentos, que se mobilizam e se empenham não apenas em compreender as migrações, mas também novas formas de contribuição para elaboração de políticas públicas que visem a melhoraria da recepção aos migrantes no âmbito da região amazônica. O evento renderá aos participantes um certificado de quatro horas.
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Texto: Gmseca/CCSE
Foto: Rodolfo Oliveira