A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) realizou durante todo o dia de ontem, 22, o I Seminário de Aplicativo para Propostas de Cursos Novos(APCN). O Auditório do Telessaúde do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) recebeu dezenas de professores e pesquisadores, que aprenderam um pouco mais sobre o processo burocrático da criação de novos cursos de pós-graduação. Professores dos municípios de Santarém e Marabá também participaram do evento via internet.
O APCN é o ambiente de cadastro de novos cursos de pós-graduação stricto sensu, mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado. Há um período específico para o preenchimento da solicitação pelas Instituições de Ensino Superior (IES) e, em seguida, passa por avaliações periódicas.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Renato Teixeira, falou dos desafios no desenvolvimento de mestrados e doutorados na região. “Estive em Brasília na semana passada para uma reunião sobre o assunto na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e eles estão muito sensíveis às dificuldades técnicas locais e dispostos a alavancar a pós-graduação na Amazônia”, resumiu.
Ele informou ainda que o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad) lançará um edital específico para a região. “No Procad Amazônia, a intenção é unir programas de mestrado e doutorado daqui, com outros programas no Brasil, com a intenção de aumentar o nível e ajudar o desenvolvimento da pós-graduação local”, explicou. O edital ainda não tem data definida para lançamento, mas tudo indica que isso acontecerá nas próximas semanas.
O seminário também teve a participação da ex-diretora de Pós-Graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA), Iracilda Sampaio, falou sobre a experiência de desenvolver APCNs na sua instituição. “Algo que identificamos é que a fixação dos docentes nos municípios é crucial para o sucesso da interiorização da pós-graduação. Ter os professores doutores residindo nas cidades onde darão aula é crucial para tudo funcionar”, opinou. Para ela, chamar profissionais de fora para acompanhar os programas e o esforço institucional podem fazer a diferença. “Priorizar a produção cientifica e auxiliar os pesquisadores na publicação de artigos é outra ação que
O evento serviu ainda para detalhar questões e apresentar orientações para que os professores e pesquisadores possam elaborar projetos de novos cursos de pós-graduação conforme os critérios da Capes, aumentando assim as chances de aprovação. O fluxo de apreciação dentro da Uepa também foi abordado, além do esclarecimento de dúvidas sobre o preenchimento da plataforma Sucupira, ferramenta de coleta de informações, e realização de análises e avaliações do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG).
O coordenador do Mestrado Acadêmico de Ciências Ambientais, Altem Pontes, trouxe a palestra “Caminho Para Implantação de um Programa de Pós-Graduação Acadêmica na Área Interdisciplinar da Capes”, onde compartilhou seu conhecimento acumulado à frente do mestrado, que recentemente subiu sua nota para 4 e tem uma APCN de doutorado aguardando apreciação. Já o coordenador do Mestrado Profissional de Ensino Saúde da Amazônia, Robson Domingues, explorou o “Processo de Avaliação de Proposta de Cursos Novos de Mestrado” em sua apresentação.
Texto: Fernanda Martins
Fotos: Nailana Thiely